O presidente da Câmara, João Emanuel, que negou acusação de "golpe"


"É fantasioso nos acusar de querer afastar o prefeito"

Presidente da Câmara rebateu acusações da criação de CPI dos Maquinários

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O presidente da Câmara, João Emanuel, que negou acusação de "golpe"
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD), afirmou que é "fantasiosa" a acusação do prefeito Mauro Mendes (PSB), de que estaria em curso uma articulação para afastá-lo do Palácio Alencastro.

"Isso deve ser fruto de uma mente muito fértil. Aliás, é algo fantasioso, que nunca existiu, nem sequer foi cogitado", disse.

A acusação de tentativa de golpe foi feita por Mendes, dando conta de que a CPI dos Maquinários teria o único objetivo de retirá-lo do cargo para que o próprio Emanuel assumisse a Prefeitura, para resolver interesses financeiros. O vice-prefeito eleito, deputado estadual João Malheiros (PR), renunciou ao cargo e o presidente da Câmara assume, em caso de ausência de Mendes.
"Essa CPI não é para fazer com que eu vire prefeito interinamente. A CPI está devidamente aberta e em pleno funcionamento"

“Isso não existe, não é desejo meu, nem desta Casa. Seria absurdo cassar o mandato do prefeito Mauro Mendes. Recebi 5.824 votos para representar Cuiabá na Câmara, e assim o farei. Fui eleito vereador, o primeiro a ter suas contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Essa CPI não é para fazer com que eu vire prefeito interinamente. A CPI está devidamente aberta e em pleno funcionamento”, disse.

Emanuel também “desafiou” Mendes a apresentar evidências de que existiria tal intenção.

“Não somente rebato tais acusações, como também desafio aos seus autores que apresentem provas de sua veracidade. É uma imputação grave. Aliás, se houvesse entendimento, não teria o mínimo interesse de assumir a Prefeitura”, afirmou.

Excessos 


O presidente da Câmara também considerou excessivo o modo com que o prefeito Mauro Mendes e seu secretário municipal de Comunicação, Kleber Lima, trataram a criação da CPI dos Maquinários.

Na semana passada, Lima chamou João Emanuel de “chantagista” e “menino mimado”, insinuando que o vereador teria aprovado a Comissão devido a negativa de Mendes em aumentar o duodécimo.

“Todo excesso que foi cometido deixei ser judicializado. Entramos com queixa-crime contra esse funcionário recém-contratado [Kleber Lima] que veio com intensidade desnecessária”.

O parlamentar também negou que tenha pedido de aumento no duodécimo.

“Isso não procede e estamos fazendo gestões para diminuir as despesas, como o recente corte de 50% dos cargos comissionados. Se for preciso, vamos cortar mais na própria carne”.

Outras CPIs 


Além da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Maquinários, João Emanuel garantiu que até sexta-feira (30) dará a resposta de outras três CPIs requeridas pela base do prefeito.

São elas: sobre supostas adulterações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sobre a adulteração de documentos do processo legislativo e sobre a grilagem dos bairros do Dr. Fábio II e Altos da Serra.

Uma outra, para investigar o contrato com a CAB Ambiental, também estaria garantida.

De acordo com o presidente, o que está acontecendo é a realização de um trabalho técnico, sem demagogia: “Não estamos realizando caça às bruxas. Queremos fazer o nosso papel que é fiscalizar”, ressaltou.

Segundo o parlamentar, ainda hoje uma reunião deve ser feita para avaliar a capacidade do Legislativo de ter cinco CPIs, concomitantemente, na Casa.

Apesar disso, o presidente avaliou que a tendência é que todas sejam instauradas.

“A tendência é que haja sim a instauração dessas Comissões. Nós verificamos algumas questões procedimentais e regimentais, como a questão dos próprios protocolos. Vamos fazer as correções e devemos ter definição até sexta”.

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