Líder pede reconsideração sobre composição de grupo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para apurar supostas irregularidades na contratação de maquinários por parte da Prefeitura de Cuiabá pode ser recomposta. Isto porque, representando os vereadores de situação, o líder do governo na Câmara, vereador Leonardo de Oliveira (PTB), apresentou um pedido de reconsideração à mesa diretora questionando a legalidade na composição da CPI. 

Além disso, com o intuito de barrar os trabalhos da CPI, o parlamentar ingressou ontem (26) com um mandado de segurança contra a composição da comissão. 

O petebista afirma que o Regimento Interno não foi respeitado no que tange à nomeação dos vereadores que integram o grupo, uma vez que os membros deveriam ser indicados pelos líderes de bancada dos partidos e não escolhidos aleatoriamente, como aconteceu. 

Segundo Leonardo, os líderes do PTB e PSB, maiores bancadas de vereadores da Câmara, não foram sequer convidados para participar da discussão acerca da composição do grupo, que conta apenas com parlamentares de oposição. 

Isto se deve ao fato de as legendas possuírem a maioria de seus parlamentares ligados à base do prefeito Mauro Mendes (PSB). Dos sete vereadores filiados a estes partidos, apenas dois não integram a base situacionista, Clovito Hungueney (PTB) e Onofre Junior (PSB). 

A CPI dos Maquinários foi instaurada na última quinta-feira (21) e seus membros anunciados às pressas, logo no dia seguinte. Ela é presidida pelo vereador Toninho de Souza (PSD), tem o vereador Ricardo Saad (PSDB) como relator e Allan Kardec (PT) como membro. A suplência ficou com Onofre Junior (PSB), Arilson da Silva (PT) e Walter Arruda (PSDC). 

Outro questionamento quanto à legalidade da composição é a nomeação de Arruda. Ele assumiu a vaga de Oséas Machado (PSC), que se licenciou por 50 dias. A CPI tem duração prevista de 120 dias. 

“Não sou contra a instalação da CPI, mas o regimento deve ser respeitado e cumprido. A composição deve respeitar a proporcionalidade partidária e contar com, pelo menos, um representante da base nos trabalhos de investigação e isso não está acontecendo”, enfatiza o petebista. (KA)