Ele votou o pedido de afastamento como cassação e este foi rejeitado
Antonielle Costa
A base aliada do prefeito Mauro Mendes (PSB) requereu nesta quinta-feira (29), o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel (PSD), por falta de decoro e prevaricação.
O líder do prefeito, Leonardo de Oliveira (PSDB) foi responsável pela leitura do pedido assinado por mais 15 parlamentares. O documento traz vários pontos que supostamente o presidente teria agido em afronta ao Regimento Interno e a Lei Orgânica Municipal.
Ele citou o fato de em maio passado, o vereador Domingos Sávio ter apresentado a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a CAB Cuiabá, responsável pelo sistema de água e esgoto da Capital.
“A CPI já está aprovada e até hoje o presidente não instaurou ou sequer nomeou os membros, o que representa uma prevaricação”, afirmou Oliveira.
Citou a propositura de outras CPI’s que até o momento não foram instauradas.
O documento foi subscrito pelos vereadores: Adevair Cabral, Adilson Levante, Chico 2000, Derley Primo, Dilemário Alencar, Domingos Sávio, Haroldo Kuzai, Faissal, Júlio Pinheiro, Lueci Ramos, Mário Nadaf, Luiz Henrique, Onivaldo da Farmácia, Renivaldo Nascimento e Wilson Quero-Quero.
Na última terça-feira (27), João Emanuel afirmou durante entrevista coletiva, que até a próxima sexta-feira (30) irá anunciar a instauração ou não de mais cinco Comissões Parlamentar de Inquérito (CPI’s). Ele lembrou que a CPI dos Maquinários já foi instaurada, a comissão está formada e a primeira reunião inclusive já foi realizada.
Segundo o presidente da Casa de Leis, o Regimento Interno prevê que apenas cinco CPI’s sejam instauradas simultaneamente e por isso está buscando diálogo com os parlamentares para a definição sobre os requerimentos.
Atualização às 11h30 – João manobra e permanece presidente
Após votar os vetos que trancavam a pauta do Legislativo, o presidente João Emanuel colocou em votação o pedido de seu afastamento proposto por 16 vereadores. Em uma manobra, ele colocou o documento como cassação, alegando ser a única medida possível por quebra de decorro.
Dessa forma, ele forçou os próprios vereadores que pediram seu afastamento a votarem pela sua permanência no comando do Legislativo. A cassação foi rejeitada por unanimidade e ao final ele esbravejou que segue na presidência.