CPI investiga exploração de crianças no Amazonas e em Santa Catarina


Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Homenagem aos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores – CUT. Dep. Erika Kokay (PT-DF)
Presidente da CPI, Érika Kokay: nova tentativa de ouvir o prefeito. Da 1ª vez ele apresentou um atestado médico.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes promove três audiências públicas nesta semana.
Hoje à tarde, os deputados vão ouvir, reservadamente, servidores e ex-servidores do município de Coari (AM). São eles:
- a ex-secretária de Ação Social Maria Lândia Rodrigues dos Santos;
- o ex-secretário de Administração Adriano Teixeira Salan;
- Haroldo Portela de Azevedo, ex-assessor do prefeito;
- os servidores da prefeitura Anselmo do Nascimento dos Santos e Elias Nascimento dos Santos.
Os depoimentos serão tomados no Plenário 9, a partir das 14h30.

Entenda o caso de Coari
O prefeito de Coari, Adail Pinheiro, é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes. Ele começou a ser investigado pela Polícia Federal (PF) em 2006, por suposto desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) repassados ao município.

Em julho, a CPI foi recebida com protestos de acusados de crime de pedofilia no município amazonense. Adail Pinheiro será ouvido na terça-feira (27), às 10 horas, no Plenário 5. O depoimento também será reservado.

Santa Catarina
Na quinta (29), os parlamentares vão à Santa Catarina ouvir as seguintes autoridades:
- o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo;
- o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior;
- o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Serafim Venzon;
- o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de Santa Catarina, desembargador Cláudio Barreto Dutra;
- o coordenador estadual da Infância e da Juventude do TJ de Santa Catarina, desembargador Sergio Izidoro Heil;
- a juíza da Vara da Infância e Juventude do TJ de Santa Catarina, Brigitte Remor de Souza May;
- o procurador-geral de Justiça de Santa Catarina, Lio Marcos Marin.
A audiência, proposta pela deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), será realizada às 14h30, na Assembleia Legislativa do estado.
Em março, em depoimento à CPI, a representante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Alexania Rossato, disse que na barragem de Barra Grande, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 20 casas de prostituição próximas ao canteiro de obras foram construídas pela concessionária do empreendimento.
A CPI também investiga a denúncia de que adolescentes traficadas de Santa Catarina estariam sendo exploradas em uma boate que funcionava perto dos canteiros de obras da Usina de Belo Monte, próximo a Altamira, no Pará.
Na sexta-feira (30), a CPI fará diligências sigilosas no estado.
Da Redação/ND

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