CPI da Pedofilia quer tomar depoimento de Adail Pinheiro em Brasília

Mais três pessoas suspeitas de participar de uma rede de prostituição infantil também serão ouvidas pela CPI.
[ i ]O prefeito de Coari, Adail Pinheiro, será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Combate à Pedofilia
Manaus - O prefeito de Coari, Adail Pinheiro, será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Combate à Pedofilia no próximo dia 27, na Câmara dos Deputados, em Brasília. As informações são da presidente da CPI, deputada federal Érika Kokai (PT-DF).
De acordo com a deputada, além de Adail, mais três pessoas suspeitas de participar de uma rede de prostituição infantil também serão ouvidas pela CPI. “Iremos voltar a Coari, mas decidimos ouvir o prefeito antes do retorno para adiantar os trabalhos da Comissão”, frisou Kokay.
Em junho, a CPI da Pedofilia esteve em Coari para ouvir o prefeito e mais nove pessoas, mas não obteve êxito. Adail Pinheiro estava internado dois dias antes da convocação da CPI no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para realizar uma operação. Nenhum dos outros convocados foi localizado no município.
Por meio de sua assessoria de Comunicação, a Prefeitura de Coari afirmou que Adail Pinheiro não foi comunicado oficialmente da convocação para depor no próximo dia 27, em Brasília.
De acordo a assessoria, o prefeito sempre se colocou à disposição da CPI para esclarecimentos sobre crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes na cidade de Coari. Sobre o não depoimento de Adail em junho, a assessoria informou que o prefeito foi comunicado um dia antes da data marcada para o depoimento, quando ele já estava em São Paulo para tratamento de saúde.
Em 16 de julho, a CPI da Pedofilia anunciou a criação de uma força-tarefa formada por órgãos do governo federal para ir a Coari. A criação da força-tarefa foi definida durante audiência da CPI com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes.
Entre os órgãos que participarão da ação em Coari estão o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF), Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente (Conanda), além do apoio de órgãos do governo do Estado, que ainda será solicitado pela CPI.