Com a inércia do presidente, Nadaf quer projeto de reforma regimental


Com a inércia do presidente, Nadaf quer projeto de reforma regimental

Valérya Próspero e Patrícia Sanches

  
Foto: Rodinei Crescêncio
Foto: Rodinei Crescêncio -- Mário Nadaf tenta convencer vereadores sobre mudança regimental. Na foto, Toninho e Faissal
Mário Nadaf tenta convencer vereadores sobre mudança regimental. Na foto, Toninho e Faissal
 O vereador por Cuiabá Mario Nadaf (PV), descontente com a forma como os trabalhos na Câmara são organizados, prometeu elaborar projeto de resolução a fim de modificar o Regimento Interno do Legislativo. As mudanças já deveriam estar sendo discutidas, tendo em vista que faziam parte da plataforma de propostas de campanha do presidente da Mesa Diretora João Emanuel (PSD), mas a questão nunca saiu do campo das ideias. O social-democrata, entretanto, tem empurrado o assunto com a "barriga".
  Entre as situações mais urgentes, conforme Nadaf, estão a implantação do Colégio de Líderes, semelhante ao que existe na Assembleia. Nele, as lideranças dos partidos na Câmara param para discutir os projetos que vão entrar em pauta assim como os “problemas” internos. O parlamentar questiona também o excesso de projetos votados na mesma sessão. "Tem dia que apreciamos mais de 30 e outros nenhum, isso é errado. Quando temos muitos, não é possível analisar todos".
  Nadaf ainda reivindica mais espaço para as minorias e alteração no funcionamento das Comissões Permanentes. Ele quer que a minoria tenha possibilidade de escolher, por exemplo, um dos integrantes que compõem CPI. Essa, no entanto, não é a primeira vez que um vereador tenta “mudar as regras” por meio de resolução. Em maio, o vereador Allan Kardec (PT) fez a sugestão para criação do Colégio de Líderes, com reuniões previstas para as segundas, mas até o momento, a matéria não foi votada.
   Na legislatura passada, os vereadores também tentaram mudar o Regimento Interno. A Câmara havia criado comissão para reformulá-lo, pois tinha um viés presidencialista. Os vereadores buscavam assim, mais autonomia. Apesar do descontentamento geral, as mudanças nunca saíram do papel. Isso porque o então presidente Deucimar Silva (PP) e o seu sucessor Júlio Pinheiro (PTB) acabaram travando uma briga interna, que acabou por sepultar a questão.
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