Por: Kelly Martins
Fonte: G1/MT
Menino de 4 anos morreu afogado após ser jogado no Rio Cuiabá. Julgamento será realizado na 1ª Vara Criminal, no Fórum de Cuiabá.
O técnico em informática Carlos Henrique Costa de Carvalho, de 25 anos, vai enfrentar o júri popular a partir das 8h desta terça-feira (20), no Fórum de Cuiabá, pela morte de Ryan Alves Camargo, de quatro anos de idade, ao jogá-lo de uma ponte sobre o Rio Cuiabá, e assassinar a avó da criança, Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos, com vários golpes de faca. Ela foi encontrada com o corpo parcialmente carbonizado. O julgamento será conduzido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da capital.
O acusado está preso na Penitenciária Central do Estado, no raio 5, desde o dia 11 de novembro de 2012, data em que ocorreu o crime. Em entrevista ao G1, o advogado Jorge Godoy preferiu não fornecer detalhes sobre a defesa de seu cliente, que é réu confesso. Ele informou apenas que estuda as imagens do circuito interno de segurança de uma empresa que revelam a suposta ação de Carlos Henrique, ao chegar ao Bairro Dom Aquino. “Estou verificando os detalhes das imagens, mas vamos focar no debate”, pontuou.
A empresa fica próxima à residência da vítima Admárcia Mônica da Silva, que é ex-sogra de Carlos. As imagens mostram o momento em que ele teria ido até lá procurar pela ex-namorada e mãe da criança, Thassya Alves, de 24 anos, pois não aceitava o fim do relacionamento. Três meses após o crime, o jovem prestou depoimento na 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e confessou ser autor dos assassinatos. A princípio, o acusado negou e, após quase três horas, disse ter jogado a criança da ponte porque ela teria testemunhado a morte da avó.
A tragédia chocou a população, que chegou a fazer passeata nas ruas da capital pedindo justiça. Ao G1, Lauro Pereira Camargo, pai de Ryan, declarou que tem lutado para que o crime não seja esquecido. Contudo, ressalta que a “dor continua”. “Temos uma angústia muito grande. Sabemos que ele vai ser condenado, mas o que esperamos é que ele pegue uma pena em que a Justiça não dê nenhuma brecha, que cumpra integralmente. A vida continua, mas nesses momentos ficamos revivendo as lembranças”, declarou.
Manhã de domingo
Thassya Alves namorou Carlos Henrique por alguns meses e chegou a morar com o filho dela na residência dos pais do rapaz. Mas, o relacionamento do casal era conturbado e o acusado já chegou a ser preso por tentar agredi-la e por ameaça. Na data do crime, eles estavam separados. Na manhã do dia 11, um domingo, o acusado foi até a casa da ex-sogra à procura de Thassya, mas a garota não estava. Na ocasião, o suspeito e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. Admárcia foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado.
Thassya Alves namorou Carlos Henrique por alguns meses e chegou a morar com o filho dela na residência dos pais do rapaz. Mas, o relacionamento do casal era conturbado e o acusado já chegou a ser preso por tentar agredi-la e por ameaça. Na data do crime, eles estavam separados. Na manhã do dia 11, um domingo, o acusado foi até a casa da ex-sogra à procura de Thassya, mas a garota não estava. Na ocasião, o suspeito e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. Admárcia foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado.
O neto da vítima, de 4 anos, também estava na residência e foi levado pelo suspeito até a ponte Júlio Müller, onde foi arremessado por ele no rio. O corpo do menino foi encontrado minutos depois por um pescador próximo ao local. O crime ocorreu por volta de 6h. Logo após do duplo homicídio, Carlos foi preso na residência dele. De acordo com a Polícia Militar, o rapaz chegou a ir até o local de trabalho, porém, voltou para casa depois de desconfiar que uma equipe da polícia realizava rondas pelo local.