Atuação da PM em protesto foi “ato determinado pela cúpula do poder político”, avalia Procurador Mauro



Protesto dos estudantes aconteceu na quarta-feira; seis universitários foram feridos durante a ação policial

KARINE MIRANDA 

O candidato derrotado ao Governo do Estado em 2006 e à Prefeitura de Cuiabá no ano passado, Procurador Mauro (PSOL) afirma que a atuação da Polícia Militar no confronto com os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na quarta-feira (6) “são atos determinados pela cúpula do poder político”.

Segundo ele, o objetivo é deixar a clara mensagem de que “não protestem e aceitem tudo bovinamente”.

A manifestação reuniu cerca de 50 universitários, que bloquearam a Avenida Fernando Corrêa por quase uma hora em protesto à decisão da reitoria da UFMT de fechar as cinco casas dos estudantes que são alugadas pela universidade. 

A determinação faria com que, pelo menos, 50 alunos deixassem suas residências e optassem por receber o auxílio moradia de R$360 ou passassem a morar na casa do estudante construída dentro da UFMT.




Murillo Guedes


Foto feita por estudante mostra a ação dos policiais da Rotam

No meio da manifestação ocorreu um tumulto e houve confronto entre os alunos e os policiais do Batalhão Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), que começaram a disparar balas de borracha contra os jovens.

Ao todo, seis estudantes foram feridos e uma dezena agredidos verbalmente. 

POLÊMICA DE MANIFESTAÇÃO

Segundo o Procurador Mauro, este caso não pode ser visto como único, mas serve para explicar o motivo pelo qual manifestações, de modo geral, são tão mal vistas pela sociedade.

“É preciso ter claro que os atos covardes dos policiais não são atos isolados como as autoridades se apressam em afirmar. Essa tática explica muito porque é tão difícil organizar manifestações, quem nunca ouviu de sua mãe uma recomendação para não se envolver com protestos em virtude do risco de sofrer violência”, explica.




Marcos Lopes/HiperNotícias

Procurador Mauro lembra que Constituição Federal resguarda o direito de protesto.

“Como defende o constitucionalista argentino, Roberto Gargarella, o direito de protesto é o primeiro direito, porque é a base para a preservação dos demais. No núcleo essencial dos direitos, em uma democracia, está o direito de protestar, de criticar o poder público e privado. Não há democracia sem possibilidade de dissentir e de expressar o dissenso”, finaliza.

Fonte:http://www.hipernoticias.com.br/TNX/conteudo.php?sid=169&cid=23963

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