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PR adere à proposta do PSD, e quer que nomes que secretários que ocupam vaga do partido sejam indicados pela legendas: "Não queremos mais ser barriga de aluguel", afirma Emanuel Pinheiro
NOELMA OLIVEIRA
Aliados do governador Silval Barbosa (PMDB) defendem a reforma administrativa com o objetivo de dar agilidade à máquina pública e contemplar a base de sustentação conforme a representatividade de cada partido. O peemedebista começa a dialogar com as lideranças para buscar os entendimentos. Não será uma das tarefas mais fáceis para o gestor.
A disputa eleitoral deste ano, apesar de ser no âmbito municipal, acirrou os ânimos entre os aliados do governo. Contudo, as cobranças por uma reforma administrativa perduraram por todo o ano de 2012. O novato PSD, por exemplo, antes mesmo do pleito entregou os cargos do staff ao governador.
Neste momento, a cobrança mais sistemática é do PR. Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Mauro Savi diz que o seu posicionamento é deixar os cargos à disposição do governo para que se promova mudanças que possam agilizar a máquina pública, que apresenta deficiências em uma série de áreas.
O presidente do Legislativo, José Riva (PSD), é um dos defensores de uma reforma administrativa. O parlamentar se posicionou novamente pela proposta durante a reunião do governador com os deputados na terça-feira. O assunto veio à tona, conforme Riva, por meio de uma intervenção do deputado Emanuel Pinheiro (PR).
Adversário de Silval em vários municípios, especialmente em Cuiabá na eleição passada, Pinheiro explica que uma disputa nada tem a com a outra. Segundo ele, quando o PR apoiou a reeleição do governador em 2010 não foi feito compromisso para 2012.
Com isso, o republicano defende que o peemedebista faça uma reforma adequada ao resultado das urnas, ou seja, à representatividade política de cada agremiação.
Para Emanuel, o PR não pode ser mais “barriga de aluguel”. Ele explica que o partido tem ótimos quadros, enquanto tem secretários nomeados na cota da legenda republicana. Pinheiro citou como exemplo o caso do secretário de Planejamento, José Gonçalves Botelho do Prado. “Igual a ele tem outros”, disse o parlamentar.
Para Pinheiro, Botelho é bom quadro, mas não foi indicação do partido. “A gente torce que o governo acerte e conclua o mandato com uma grande administração”, pondera. Na mesma condição estão Arnaldo Alves, da Setpu, e Mauricio Guimarães, da Secopa.
O PR conta hoje com a maior bancada no Legislativo - além de Mauro e Emanuel, são da sigla Ondanir Bortolini, o Nininho, João Malheiros, Wagner Ramos, Sebastião Resende e Hermínio Jota Barreto.
