Criança vítima de “suposto erro médico” ainda espera por cirurgia em Cuiabá


Segue a angústia e dor da menina Vitória Rodrigues Salomão,  de 3 anos, moradora de Sorriso, cidade do Norte de Mato Grosso. Ela foi transferida para Cuiabá há cerca de 8 dias para reparar uma colostomia que teria enfrentado problema durante o tratamento no Hospital Regional. A família acusa médicos de terem cometido um erro no momento da cirurgia da criança, que a deixou 13 dias sem defecar.  
 
Em contato com a mãe da garota, Marcelina Rodrigues Ferreira, a Rádio Sorriso constatou que ela ainda segue internada na Santa Casa de Misericórdia. “Agora a explicação que me deram é que faltava o laudo médico do Hospital de Sorriso e que até hoje não havia sido enviado para Cuiabá. O avô dela está pegando uma van neste momento e trazendo em mãos este laudo solicitado”, informou a mãe. 
 
Vitória luta há cerca de quatro meses com problemas no intestino, quando passou por uma cirurgia para a retirada de uma hérnia. O pai da menina, Jacob Salomão Filho, denunciou procedimento cirúrgico realizado pelo médico médico Hélio Jaskuski, cirurgião do hospital. Na operação, segundo ele, o médico teria  invertido a ‘tripa do reto’, e o intestino deu rejeição. 
 
Segundo o pai, Vitória ficou 13 dias sem defecar. O médico, posteriormente,  “fez um furo na barriga dela e colocou uma bolsa de coleta de fezes anexada na barriga dela”. Essa bolsa, no entanto, de acordo com Jacob,  era muito fraca, e toda a semana ela rasgava e furava. “Aí o intestino começava a sair do corpo. Daí o médico fez outra cirurgia e colocou no lugar novamente” – relatou o pai. 
 
No último procedimento o intestino foi deixado fora do corpo e o pai, revoltado com o tratamento dispensado à filha mobilizou a Polícia, Conselho Tutelar, Promotor de Justiça e a imprensa, o que culminou na remoção da paciente para Cuiabá imediatamente, porém, de nada adiantou, pois até o momento a criança permanece como chegou. 
 
O Hospital Regional de Sorriso, por sua vez, nega qualquer tipo de erro nos procedimentos adotados pela sua equipe médica e denomina como “normal” os fatos ocorridos, afirmando ainda que não realizará qualquer procedimento investigatório, como uma sindicância, por exemplo.