Toninho do Gloria (PV) é o único negro a integrar a Câmara
Responsável apresentar o projeto que define 20 de Novembro como feriado municipal em Várzea Grande, o vereador Antonio José de Oliveira – TONINHO DO GLORIA líder da bancada do (PV) fala sobre a necessidade de reflexão, não apenas nesta data, e da importância da criação de mecanismos que possam fortalecer as bases para que a comunidade negra possa dar um salto qualitativo em vários segmentos da sociedade, entre eles o mercado de trabalho.
Por que você é a favor do feriado no dia 20 de Novembro?
O objetivo de tornar o 20 de Novembro feriado da Consciência Negra, entendemos que a medida não tem como objetivo criar no município mais um dia de folga no calendário. Queremos que nesta data todas as pessoas lembrem-se da luta de uma raça que há mais de 100 anos busca o direito de ser respeitada.
A que você credita parte dos problemas enfrentados pela comunidade negra?
Toninho: Esta é uma questão complexa. A educação é a base de tudo. Temos que primeiramente melhorar a qualidade do ensino. Este é o caminho para o crescimento. Os pais têm de incentivar as crianças e adolescentes a estudar. Acompanhar tudo de perto. A partir daí, teremos reconhecimento no mercado de trabalho, ou seja, daremos um salto qualitativo, deixando para trás o trabalho braçal que dignifica a pessoa, como qualquer outra profissão, mas não lhe garante uma remuneração necessária para que ele possa cuidar da sua família com tranqüilidade.
Como você analisa a participação do negro na política?
Toninho: Este espaço tem de ser ampliado urgentemente. O negro tem de se unir. A batalha no campo eleitoral é muito difícil. Hoje, dos 13 vereadores, eu sou o único negro. Essa situação precisa ser revertida, precisa ser melhorada. A meu ver, negro tem de votar em negro. Isso não é discriminação, é a busca pelo espaço. A comunidade negra tem de ocupar o espaço a que tem direito. Por isso que eu digo, a comunidade precisa ampliar o seu espaço político. Se organizar, para derrubar todos esses obstáculos que insistem em prejudicar as atividades no dia-a-dia.
Como você vê os jovens da comunidade negra?
Toninho: Com todas as dificuldades, que marcam a trajetória da nossa raça ao longo das décadas, conseguimos nos tempos atuais colher frutos. Hoje, temos muitos jovens formados em cursos superiores. Temos jovens que estão estudando no exterior. O que é preciso, a meu ver, é tornar esses profissionais em agentes multiplicadores, exemplos a serem seguidos pelas novas gerações.
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