PEDOFILIA MT:Professora que pediu trabalho sobre pedofilia presta esclarecimento ao MP

Arlindo Basilio advogado da professoraArlindo Basilio advogado da professora Foto Adriano Bitelli
A professora da Escola Estadual Maria Ramos que pediu um trabalho sobre pedofilia na internet prestou esclarecimentos ao Ministério Público de São Carlos. A informação é do advogado Arlindo Basílio que defende a docente.
De acordo com Basílio a professora foi notificada pelo Ministério Público e explicou  o seu procedimento pedagógico. O advogado afirma que a professora não errou e teve um procedimento de cautela, orientando e pedindo para que os pais fiscalizassem e acompanhem o trabalho dos alunos. “Ela deixa bem claro no bilhete que é um trabalho de pedofilia e como os pais deveriam proceder junto com seu filho. Ela pede inclusive para que a conversa seja impressa e anexada. Neste caso foi um trabalho sobre pedofilia, mas poderia ter sido um trabalho sobre gravidez na adolescência, sobre drogas, sobre bullying”, explica Basílio.
Ainda segundo o advogado, está ocorrendo uma interpretação errada sobre a ação da docente. “Hoje todas as nossas crianças e adolescente tem acesso a internet, na maioria das vezes sem nenhuma orientação. Ele entram em salas de bate-papo, conversam sobre diversos assuntos. A professora quis apenas orientar e apresentar uma situação que existe, que é a pedofilia na internet. É inaceitável que uma profissional que orienta seus educandos seja criticada por fazer a sua função”, explica Basílio.
Processo Administrativo – A professora ainda não foi notificada pela Diretoria de Ensino da região de São Carlos sobre a abertura do processo, mas para Basílio, assim que receber a intimação para prestar esclarecimentos ela comparecerá a comissão processante.
Apesar da notícia sobre o trabalho solicitado pela docente ter sido noticiado nacionalmente, o advogado de defesa não acredita que haverá um pré-julgamento da professora. “As pessoas que integram as comissões não são pessoas que pré-julgam. Eu não creio que haverá um pré-julgamento da professora”, esclarece. Sobre as opiniões diferentes Basílio acredita que hoje há mais pessoas defendendo a ação da docente. “Teremos diversas opiniões. Alguns acham que ela agiu corretamente, que ela explicou o motivo do trabalho e pediu que os pais fiscalizassem e acompanhassem seus filhos. Há aqueles que vão encarar de forma diferente. É a pluralidade de opinião”. O advogado não acredita em um “linchamento” de sua cliente e também descarta que a opinião pública esteja condenando a docente. “Hoje ela [a professora] está muito abalada, mais logo que passar toda esta fase ela voltará as atividades normais”, finaliza.
Afastamento – Segundo a Secretaria de Estado da Educação a professora foi afastada, sem prejuízo de salário, da sala de aula preventivamente. Em nota o Estado informa que o afastamento é para preservar a integridade e a confiabilidade do processo de apuração e o direito de defesa.
MP – O promotor da Vara da Infância e Juventude, Marcelo Mizuno, disse que não irá pedir para a Polícia Civil instaurar inquérito uma vez que no seu entender não houve nenhum crime praticado pela professora. O caso ainda pode ser investigado pela Polícia Federal uma vez que a aluna tem dupla nacionalidade. Ela é nasceu nos Estados Unidos.



Entenda o caso
1 – Professora pede que alunos façam um trabalho sobre pedofilia na internet. Pede que junto com os pais os alunos entrem em sala de bate-papo e converse com possível pedófilo.
2 – Os pais de uma aluna de 12 anos procuram a imprensa e fazem a denúncia sobre o trabalho solicitado pela professora. No dia 12 de novembro, com exclusividade, o Jornal Primeira Página e o portal www.jornalpp.com.br publicam a matéria.
3- A entrevista dos pais ganha repercussão nacional e internacional
4- No dia 16 de novembro começa oficialmente o afastamento da professora. No mesmo dia a professora alertou o consulado norte-americano, uma vez que a aluna é nascida nos EUA.
5 -  Dia 17 de novembro a família registra um boletim de ocorrência na Polícia Federal de Araraquara.

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