Vereadores tentam convencer que “privatização” da Sanecap é viável

Thais Tomie e Izabela Andrade
24 Horas News



Diante da polêmica que aprovou na surdina o projeto de Lei que cria a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário na Capital (AMAES-Cuiabá) e consequentemente deixa a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) a um passo da privatização, agora, a Câmara Municipal de Cuiabá, sob o comando de Júlio Pinheiro (PTB), passou a denunciar que grande parte dos bairros periféricos da Capital ainda enfrenta sérios problemas com o precário sistema de distribuição de água.
 

A manobra de sancionar a Lei provocou embates político-partidários, dividiu opiniões e mais, sofreu fortes represálias dos servidores da Sanecap. Numa nova tentativa de minimizar o estrago político, da canetada dada por Pinheiro (PTB) - na função de prefeito em exercício - vereadores a todo custo tentam convencer que a solução para a falta de água nos bairros de Cuiabá é "venda" dos serviços de abastecimento.
“Infelizmente, a população mais carente continua sofrendo com a falta de água, isso é fato. Somente esta semana recebi mais de 20 reclamações em meu gabinete de famílias que estão há mais de uma semana sem receber água em casa. Nós procuramos encaminhar as reclamações para a Sanecap, mas os problemas nunca são resolvidos”, pontuou o vereador Fernandes Antônio Fernandes (PSDB).
 

De acordo com o vereador, no bairro Jardim União, localizado na região da saída da cidade para Chapada dos Guimarães, por exemplo, os moradores já não suportam mais o problema. Conforme depoimento dos moradores, o bairro chega a ficar mais de 15 dias sem água.
 

Outro tucano que endossou o coro a favor da concessão dos serviços é o ex-secretário de Transportes, Edivá Alves, que recentemente deixou o cargo para retornar ao legislativo. Segundo o vereador, a concessão é a melhor saída para Cuiabá, principalmente pelos recursos que serão viabilizados para o saneamento básico, em curto prazo.
Ao defender a criação da agência, Edivá cita exemplos de cidades que já possuem a concessão dos serviços de água e esgoto, como Niterói, onde o controle da tarifa é feito pela agência e Brasília, onde o serviço é realizado por uma empresa pública de direito privado. O vereador aponta que a concessão é o melhor caminho já que governo federal faz uso politico do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Anuncia o recurso, mas na sequência o retém. Os recursos são liberados conforme vontade política do partido, pois em Cuiabá, nem 7% foi realizado e no Brasil, esse percentual não passa de 30%”.
Por este motivo, o vereador Edivá Alves acredita que somente com a concessão do serviço de água e esgoto, Cuiabá vai conseguir levar a todas as comunidades o esgoto tratado. “Não podemos continuar sendo ameaçados pelo governo federal com as obras do PAC, temos que procurar soluções como a concessão”.
 

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