POLICIA:Família é expulsa de casa após ‘espiada pelo muro’ no Luiza II

O Jardim Luiza II assistiu a um barraco e tanto entre vizinhos na tarde do último domingo. Um pintor subiu no muro para ver duas vizinhas durante o banho de sol. O marido de uma das mulheres não gostou e foi tirar satisfações. A confusão virou pancadaria, populares tentaram matar o pintor e a polícia foi chamada. Quando a situação parecia controlada, um grupo invadiu a casa do pintor, quebrou vários objetos, ateou fogo em uma caminhonete e fugiu com aparelhos eletrônicos. A família do pintor foi obrigada a se mudar do local às pressas, com escolta da polícia.

Segundo a Polícia Militar, tudo começou por volta das 13h30. Uma secretária de 30 anos estava na casa da vizinha, uma vendedora autônoma de 36, tomando sol e viu o vizinho, um pintor de 44 anos, sobre o muro, espiando as duas. A secretária contou ao marido, um microempresário de 37 anos, que foi tirar satisfações. No tumulto, o pintor atingiu o braço esquerdo do microempresário e o rosto da secretária com um pedaço de pau. A mulher caiu desmaiada, com o rosto desfigurado. Os dois foram socorridos ao pronto-socorro “Doutor Janjão”.

Outros vizinhos e amigos do casal agredido invadiram a casa do pintor e, com socos e pontapés, partiram para cima dele. O homem foi obrigado a sair correndo e se esconder até a chegada de policiais. Em seguida, ele foi apresentado no Plantão Policial, junto com a mulher, uma vendedora de 36 anos.

No momento em que a ocorrência era registrada, os policiais receberam a informação de que a casa do pintor havia sido invadida novamente e depredada. Viaturas voltaram ao Jardim Luiza II. Um computador, um videogame e um aparelho de DVD foram furtados. O grupo, antes de fugir, ainda colocou fogo na caminhonete F-1000 preta do pintor, que estava na garagem. As chamas foram apagadas por bombeiros.

Um comerciante de 22 anos, do Parque Pinheiros I, foi detido por instigar populares à destruição e indiciado no Plantão Policial por desacatar os PMs.

A família do pintor foi obrigada a se mudar do bairro às pressas. O que sobrou dentro da casa foi colocado em um caminhão alugado e os moradores foram embora escoltados por uma viatura da PM.