Laudo do IML aponta que juiz teve "morte natural"

Midia News

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O laudo de necropsia do juiz Carlos Roberto Correia Pinheiro, encontrado morto na manhã desta quarta-feira (9), em seu apartamento, em Cuiabá, aponta como "indeterminada" a causa da morte. Em outras palavras, não houve lesão externa e é considerada morte natural.

O Instituto Médico-Legal (IML), no entanto, solicitou exames complementares, que é de praxe quando a causa é considerada indeterminada.

Informações extra-oficiais dão conta de que o juiz tomava remédios controlados e pode ter tido um mal súbito. Ele teria morrido no sábado (5).

O corpo foi encontrado em estado de decomposição na cama de seu apartamento, no Edifício Golden Park, no Bosque da Saúde, pela equipe da limpeza do prédio, que estranhou o mau cheiro e acionou os seguranças, que chamaram a Polícia.

Carlos Roberto Correia Pinheiro, 53, era considerado "uma pessoa reservada" pelos seus colegas da magistratura, segundo o presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), juiz Agamenon Alcântara Moreno Junior.

"Carlos era uma pessoa muito reservada, mas éramos muito amigos. Dessa forma, sentimos muito não só pelo excelente profissional que ele era", disse Agamenon, que ressaltou que não tinha informações sobre problemas de saúde com o colega.

Relacionamentos

O juiz morava sozinho em Cuiabá. Ele deixou um filho de quatro anos, de um relacionamento que teve com uma funcionária do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que não teve o nome revelado.

A família de Carlos Roberto reside em Santo Anastácio (SP), onde o corpo será velado e sepultado. O corpo será transladado para Presidente Prudente e, de carro, será levado para a cidade dos familiares. O sepultamento está previsto para às 16h de quinta-feira (10).

Em Cuiabá, o juiz tinha apenas uma irmã e primos. O magistrado era natural de Água Fria, no interior do Estado da Bahia.

O juiz ingressou na magistratura em maio de 1996 e atuou em várias Comarcas, entre elas Arenápolis, Primavera do Leste, Tangará da Serra e Cuiabá.

Em 2003, foi promovido ao cargo de juiz substituto de Segundo Grau.