A senadora eleita Martha Suplicy (PT-SP)
pretende pedir o desarquivamento do projeto de lei que criminaliza a
homofobia (PLC 122/06). A informação foi confirmada pela própria
parlamentar no Twitter.
O Regimento Interno do Senado estabelece
que todas as propostas em tramitação há mais de duas legislaturas serão
imediatamente arquivadas. Dessa forma, terão o arquivo como destino
todas as matérias apresentadas em 2006, último ano completo dos
trabalhos da 52ª legislatura, e dos anos anteriores.
Para o
arquivamento das matérias não é considerada a relevância do tema, mas a
antiguidade da proposição. As matérias arquivadas, entretanto, ainda
poderão tramitar por mais uma legislatura, caso requerimento apoiado por
um terço (27) senadores seja apresentado até 60 dias após o inicio do
ano legislativo.
O pedido deverá ser aprovado em Plenário. O
desarquivamento só pode ocorrer uma vez. Caso contrário, o projeto será
arquivado definitivamente. A 54ª Legislatura terá início no próximo dia
1º, com a posse dos senadores eleitos em outubro de 2010.
Polêmica
Ao
longo de sua tramitação, o PLC 122/06 provocou acirrados debates entre
os defensores da proposta, como a senadora Fátima Cleide (PT-RO), que
não se reelegeu em 2010, e aqueles parlamentares contrários à matéria, a
exemplo do senador Magno Malta (PR-ES), para quem a aprovação do
projeto criará "o império da homossexualidade" no Brasil.
Em
entrevista à Rádio Senado nesta quarta-feira (19), Fátima Cleide disse
que está confiante na nova composição do Senado e que espera que o
projeto seja desarquivado e levado adiante nos próximos anos. A senadora
ressaltou que diariamente ocorrem atos de violência contra homossexuais
no Brasil, os quais nem sequer são registrados nas delegacias de
polícia. Isso ocorre, segundo ela, em decorrência da falta de uma
legislação que coíba e puna esse tipo de atitude.
União estável
Em
2011, os homossexuais com união estável reconhecida já poderão incluir
seus parceiros na declaração do Imposto de Renda, desde que preenchidos
os requisitos exigíveis à comprovação da união estável disciplinada pela
legislação. A medida foi anunciada pela Receita Federal em agosto do
ano passado.
Conforme previsto na legislação que trata do Imposto
de Renda, no que se refere à retificação da declaração de ajuste anual,
o contribuinte também poderá retificar as declarações entregues dos
últimos cinco exercícios, caso deseje incluir como dependente o
companheiro ou companheira de união homoafetiva, aplicando-se, no que
couber, os requisitos legais aplicáveis aos heterossexuais com união
estável.
Ao optar pela declaração retificadora, o contribuinte
deverá observar que será necessário, em relação ao dependente, oferecer à
tributação os rendimentos, bens e direitos. A retificação não poderá
ser efetivada caso o dependente já tiver apresentado declaração ou já
for dependente de outro contribuinte.
Projeto que criminaliza a homofobia poderá ser desarquivado
janeiro 20, 2011
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Agência Senado






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