Vídeo indica que idosa atirou em ladrão: 'Toma'


Vídeo reforça hipótese de que idosa matou invasor em Caxias do Sul

Imagens foram gravadas pela câmera de segurança do prédio de Odete Prá.
Inquérito foi arquivado pela Justiça após pedido do Ministério Público.

Guilherme PulitaDa RBS TV
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  A hipótese de que a aposentada Odete Hoffmann Prá, de 88 anos, foi a autora dos três tiros que causaram a morte de um homem que invadiu seu  apartamento emCaxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, foi reforçada por um vídeo da câmera de segurança do prédio. O inquérito foi arquivado pela Justiça após pedido do Ministério Público. A cópia do vídeo foi entregue ao MP após o arquivamento (veja o vídeo acima).
Nas imagens, o homem aparece em frente a uma grade depois da invasão. É possível ouvir o diálogo entre os dois.
Idosa: Que tu quer?
Homem: Eu vou descer.
Idosa: O que tu quer aí?
Homem: Como é que desce?
Idosa: Hein?
Homem: Como é que desce?
Idosa: Hein?
Homem: Como é que desce?
Idosa: O quê?
Homem: Como é que desce?
(disparo é ouvido)
Idosa: Toma (outro disparo é ouvido). Toma
Homem: Deu, deu.
Idosa: Toma! Mais um (disparo é ouvido).
O invasor cai e é possível ouvir a respiração. Minutos depois, chega a Brigada Militar.
Aposentada participou de reconstituição do crime em abril (Foto: Guilherme Pulita/RBS TV)Aposentada participou de reconstituição do crime
em abril (Foto: Guilherme Pulita/RBS TV)
O invasor de 33 anos teria sido morto pela aposentada na noite de 9 de junho de 2012. Odete admitiu em depoimento ter matado o homem depois de ele invadir o apartamento onde ela vive sozinha, na esquina das Rua do Guia Lopes e Sinimbu. A polícia chegou a investigar a hipótese de que não foi ela a autora dos disparos, após o teste residuográfico feito na idosa não ter detectado vestígios de chumbo, bário e antimônio.
Segundo análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP), o projétil retirado do corpo do assaltante também não teria sido disparado pela arma que Odete alega ter usado. 
O delegado Joigler Paduano havia solicitado à Justiça a exumação do cadáver do homem para a retirada de um projétil que ainda estaria no corpo. A intenção era fazer uma nova perícia com o revólver calibre 32 que Odete afirma ter disparado. O pedido, no entanto, foi negado pelo Judiciário.
Para a promotora Sílvia Regina Becker Pinto, a versão da aposentada sobre a reconstituição do crime, feita em abril passado, é compatível com o que foi apurado pela polícia.