Os vereadores da oposição e da bancada de apoio ao prefeito Mauro Mendes (PSB) se recusaram a 'sepultar' as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) anunciadas na última semana na Câmara Municipal de Cuiabá. Durante a sessão parlamentar desta terça-feira (27), os vereadores também negaram a costura de um acordo para não levar as investigações, e consequentemente os embates entre Legisativo e Executivo, a frente. Ao todo são cinco Comissões em andamento, dessas, duas tem como alvo o Executivo e as demais miram o próprio legislativo, cujo foco é o presidente João Emanuel (PSD), ex-secretário municipal de Habitação. “As CPIs vão acontecer”, confirmaram tanto Leonardo de Oliveira (PTB), líder do governo na Câmara, quanto Toninho de Souza (PSD), líder da oposição. Já o vice-líder do governo, Chico 2000 (PR), disse estar aberto ao diálogo. “Qualquer proposta de diálogo é bem-vinda, mas um acordo nos molde de praticas obscuras não pode ser aceito”, criticou. Com licença médica até o dia 2 de setembro, o vereador Clovito Hugueney (PTB), voltou a ocupar sua cadeira na Câmara de Vereadores na última semana. Ele é o coautor do pedido de abertura da CPI dos Maquinários, encabeçada por Toninho. O parlamentar utilizou como argumento para antecipar a sua volta a defesa dos interesses cuiabanos. “Retornei antes para defender Cuiabá. Eu operei da barriga e não da cabeça e da língua”, ironizou. Além da CPI dos Maquinários, devem compor a pauta do Legislativo nas próximas sessões a da Cab Cuiabá, do Processo legislativo; para investigar possíveis fraudes cometidas por João Emanuel na tramitação de projetos de leis na Casa; da LDO, por suposta fraude na emenda, que foi apontada pelo procurador Rogério Galo e pesou no veto do prefeito Mauro Mendes (PSB); e, a CPI da Grilagem, essa pretende investigar a atuação de João Emanuel na época em que era secretário municipal de Habitação.
Fonte: Olhar Direto