Dilemário diz que Emanuel age como "ditador"; polêmica é causada por CPI
MidiaNews/Reprodução
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Em discurso, Dilemário disse que CPI dos Maquinários é "palanque" de João Emanuel (detalhe)
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O vereador Dilemário Alencar (PTB) e o presidente da Câmara Municipal, João Emanuel (PSB), tiveram um bate-boca durante a sessão ordinária desta quinta-feira (22).DA REDAÇÃO
Pedindo permissão para usar o tempo do líder do Governo na Casa, Leonardo Oliveira (PTB), Dilemário usou a tribuna para criticar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na quarta-feira (21) para investigar a contratação de maquinários pesados pelo prefeito Mauro Mendes (PSB).
Ao MidiaNews, o vereador também lembrou que questionou o cancelamento da sessão que Emanuel estava propondo, com o objetivo de discutir com os membros da CPI o andamento das investigações.
“Protestei tanto contra a proposta da CPI, que para mim nasceu morta, uma vez que o Ministério Público Estadual já investigou o caso, como pelo fato de o presidente cancelar a sessão, haja vista que está virando fato corroqueio ele fazer isso para discutir assuntos que não estão relacionados a projetos de lei”, afirmou.
Para Dilemário, não há argumentos bem fundamentados para a instauração da CPI e sua criação, segundo ele, está mais vinculada a uma briga pessoal de Emanuel com Mendes.
“Entendo que essa CPI é um palanque eleitoral do João Emanuel. Na tribuna, também afirmei que, desde que ele assumiu a presidência da Câmara, tem nos colocado no meio de uma briga pessoal. Não concordo com isso”, afirmou.
Segundo o parlamentar, em função do seu discurso, Emanuel teria cortado o microfone de Dilemário, afirmando que ele não poderia usar o tempo de Leonardo e, caso continuasse, poderia ser retirado do plenário, com base no regimento interno.
“Respondi que ele queria implantar o AI-5 [ato do regime de exceção na Ditadura] e questionei se queria ser um novo ditador. Ele afirmou que chamaria o segurança”, disse.
Emanuel afirmou ainda que Dilemário estaria “se excedendo” e pediu para que o parlamentar se comportasse. A discussão entre os dois vereadores terminou com encerramento da sessão.
Ao site, o presidente da Câmara reiterou que tinha competência para expulsar o vereador do PTB.
“Só pedi para que ele não se alterasse, mas, infelizmente, ele saiu falando impropérios. Eu respeito o vereador e o parabenizo pelos trabalhos na Câmara, porém espero ter discussões no campo sadio”, completou Emanuel.





