Em seu programa “100% Cidade” a comunicadora Daniele Santos, entrevistou a psicóloga Rosangela Garcia, sobre as questões que envolvem a pedofilia em Aquidauana. Sobre o assunto, Rosângela focou sobre as características e atitudes dos pedófilos. “Eles possuem estímulos sexuais impróprios. Seduzem com palavras, presentes e outros atrativos”, comentou ela.
Segundo ela, o pedófilo pode ser enquadrado em duas categorias. Os abusadores ocasionais são aqueles que praticam eventualmente atos sexuais. Já o pedófilo estruturado é compulsivo, atua com mais violência e mais agressividade. O agravante é que, segundo a entrevistada, o pedófilo pode ser uma pessoa que sofreu violência quando criança e pode ser uma pessoa muito próxima e de confiança da família.
Aos pais, a alerta. “Quem tem filho pequeno que observe as pessoas ao redor. Os pais devem estar o tempo todo atentos ao comportamento das crianças, às mudança de comportamentos, como as criança que apresentam timidez excessiva ou muito agressiva. Sempre observar as mudanças de comportamento de uma criança em relação a determinada pessoa e, sendo assim, tomar mais cuidado”, alertou Rosângela Garcia.
Consequências para a vítima de pedofilia - De acordo com a psicóloga, a criança que foi vítima do pedófilo pode sentir dores constantes nas partes íntimas, ter distúrbio sexual imenso, pode repudiar a relação sexual, pode virar pedófilo ou prostituta, pode também não se encontrar na vida sexual, ou não conseguir ter um relacionamento amoroso.
Caso os pais desconfiem que o filho (a) está sendo vítima, a psicóloga orienta que “os pais devem ouvir, tentar entender, acreditar no primeiro momento na criança e a partir do que ouviram investigar e analisar o comportamento do acusado. Sabemos que a criança tem a fase da mentira, da fantasia, mas é preciso acreditar, mostrar que ela tem valor e caso se confirme ir até a delegacia registrar ocorrência e então afastar o acusado da criança”, completou Rosângela, reforçando as orientações da delegada Marilda.
Tratamento - A criança que sofre o abuso precisa reestruturar suas condições físicas e psicológicas e para isso precisa do apoio da família e tratamento psicológico, psiquiátrico e até mesmo acompanhamento com o pediatra. “Todos esses profissionais devem estar bem preparados para não aumentar o constrangimento da criança. Já o pedófilo tem valores e crenças que não suportem esse comportamento. As pessoas que tenham esse impulso os desejos que vão e voltam, também devem buscar ajuda apoio, ter uma religião, acreditar em Deus. O tratamento é a saída, e potencializar o que presta não ficar pensando no leite derramado, para poder seguir a vida em frente”, destacou Rosângela.
Na semana passada a comunicadora entrevistou a delegada de Polícia Civil, Marilda Rodrigues. Pedofilia foi também o tema abordado. Na ocasião a delegada disse que só em Aquidauana são registrados de 20 a 30 casos por ano de pedofilia.
A reportagem checou junto à equipe da DAM que de 2010 até o ano de 2012 foram registrados na DAM 55 casos de estupro de vulnerável e que os números deste primeiro semestre de 2013 já ultrapassam os casos de 2012, haja vista que foram registrados 16 casos, na DAM de Aquidauana e no ano passado foram 15 registros.
(Da Redação)
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