Presidente diz que Câmara avalia se terá condição de tocar 5 CPIs


Presidente diz que Câmara avalia se terá condição de tocar 5 CPIs

Glaucia Colognesi

Rodinei Crescêncio/RDNews
Rodinei Crescêncio/RDNews -- Vereadores Alan Kardec (à esquerda), Clovito, João Emanuel e Ricardo Saad, durante coletiva
Vereadores Alan Kardec (à esquerda), Clovito, João Emanuel e Ricardo Saad, durante coletiva
   A Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá diz que ainda estuda se o Legislativo vai conseguir suportar as cinco CPIs propostas. Por enquanto a única que saiu do papel é a CPI do Maquinário requerida pela oposição e que visa investigar a contratação de máquinas pela prefeitura, mesmo após o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) ter adquirido dezenas delas com recursos do IPTU. “Na Assembleia três é o número máximo de CPIs que podem tramitar ao mesmo tempo, então temos que avaliar com calma se a Câmara, que tem uma estrutura menor, vai conseguir fazer 5”, afirmou o presidente do Legislativo, João Emanuel (PSD) durante entrevista coletiva nesta terça (27).
   Segundo ele, a definição se as demais serão instauradas ou arquivadas sairá até quinta (29), data da próxima sessão plenária. Enquanto isso, o social-democrata continuará se reunindo com as lideranças partidárias para chegar ao consenso. João Emanuel destaca que não tem medo das quatro CPIs propostas pela base aliada do prefeito para investigar a sua gestão à frente da secretaria de Habitação e à frente da própria Câmara. O parlamentar, contudo, informa que os requerimentos têm erros formais por terem sido apresentados no protocolo geral do Legislativo.
   Conforme o presidente, para que não haja vícios no processo, que dá margem a futura anulação, é fundamental que sejam reapresentados em sessão plenária. Diante disso, os requerimentos que teriam perdido a validade desde ontem (26), ganharam mais um prazo de 48 horas para serem apreciados. João Emanuel rechaça as acusações de que a CPI do Maquinário estaria sendo usada de forma politiqueira para conseguir que o prefeito aumente o repasse feito à Câmara. Ele garante que o único objetivo é fiscalizar os atos do Executivo. O vereador assegura ainda que nunca existiu qualquer esquema financeiro para cassar o prefeito Mauro Mendes (PSB) a fim de que ele assumisse a prefeitura interinamente.
   “Me causa estranheza o prefeito Mauro e sua equipe agir com tanta fúria contra nós. Ele tem que saber que é normal o Legislativo investigar. Nunca vi o governador, Silval Barbosa (PMDB), ou qualquer secretário de Estado se insurgir contra os deputados que compõem a CPI do MT Saúde”, comparou.
   Já quanto às CPIs propostas pela base, João Emanuel insinua que foram apresentadas por revanchismo para atingí-lo. Uma das CPIs apresentadas pelos vereadores aliados ao prefeito é para apurar denúncias de grilagem no bairro Doutor Fábio, na época em que o social-democrata geriu a secretaria de Habitação de Cuiabá. A segunda é para apurar adulteração em documentos legislativos. A terceira se refere à denúncia de adulteração no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A quarta, por sua vez, é a CPI da CAB defendida pelo vereador Renivaldo Nascimento e que, inclusive, já foi defendida também por outros dois vereadores, mas nunca saiu do papel.
   O duodécimo da Câmara gira em torno de 4,5% do orçamento do município, o que corresponde a R$ 2,6 milhões mensais. Diante disso, João Emanuel garante que deste valor, R$2,3 milhões é comprometido com folha e que sobra pouco para o custeio. Por isso, está cortando as despesas da Câmara na própria “carne”, demitindo 50% dos funcionários que ocupam cargos em comissão.
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