POLÊMICA DOS MAQUINÁRIOS Prefeito questiona a transparência de CPI na Câmara


Prefeito questiona a transparência de CPI na Câmara

Mauro Mendes diz que atitude da oposição causa “estranheza” e reafirma que não aumenta duodécimo

MidiaNews


Prefeito Mauro Mendes questiona processo de abertura da CPI dos Maquinários
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que o processo de criação da CPI dos Maquinários pela Câmara Municipal de Cuiabá causou “estranheza”.

“Não sou contra nenhuma CPI, tenho absoluta tranquilidade sobre a investigação, mas me causa estranheza a forma como [a comissão] está sendo feita. Não mostra transparência”, disse ele, ao ser questionado sobre a investigação da qual sua gestão será alvo por parte do Legislativo.
"Não sou contra nenhuma CPI.Tenho absoluta tranquilidade sobre a investigação, mas me causa estranheza a forma como [a comissão] está sendo feita. Não mostra transparência"

Instalada no último dia 20, a CPI tem como objetivo apurar suspeitas de irregularidades na licitação de R$ 9,5 milhões, realizada por Mendes para a locação de maquinários.

Mendes garantiu que não há problema em ser investigado, porém afirmou ser favorável à abertura de outras quatro requeridas por vereadores da sua base na Câmara.

Entre as CPIs solicitadas, está, por exemplo, uma que pede investigação na suposta adulteração de documentos encaminhados pela Mesa Diretora para o Executivo. Neste caso, o presidente da Câmara, João Emanuel (PSD) também passaria por investigação.

“Se foram cinco CPIs propostas, que as cinco sejam realizadas. Eu defendo que todas aconteçam, para que não haja dúvida alguma, inclusive a contra o João Emanuel”, afirmou o prefeito.

“Do meu lado, estou tranquilo, até porque o Ministério Público já investigou a licitação dos maquinários e arquivou o caso. Mandei também para o Tribunal de Contas do Estado emitir parecer. Não tenho medo de nada. Já disse que podem investigar minha administração”, completou.

Duodécimo

O prefeito Mauro Mendes também reforçou que não aumentará o duodécimo para a Câmara Municipal.

O repasse, inclusive, é considerado o motivo da criação da CPI dos Maquinários, que funcionaria como uma pressão para que Mendes cedesse aos parlamentares.

“Não vou tirar dinheiro da Prefeitura, principalmente para fazer ato ilegal. O presidente João Emanuel requisitou R$ 7 milhões a mais. Não vou dar. Primeiro, porque não consta no Orçamento; e, segundo, ultrapassa o teto constitucional. Não adianta pressão, não adianta choradeira, vamos fazer o que é legal e melhor”, completou Mendes.

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