CPI para investigar CAB é “irreversível”, afirma vereador
O vereador Renivaldo Nascimento (PDT) afirmou que, apesar da demora, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CAB Ambiental é “irreversível” e será instalada em breve na Câmara Municipal de Cuiabá.
O requerimento de CPI foi protocolado pelo parlamentar na sessão da última terça-feira (20), com 17 assinaturas, e tem como objetivo investigar a má qualidade da prestação de serviço de água e esgoto, bem como revisar cláusulas do contrato entre a Prefeitura e a concessionária.
“A instalação da CPI depende do presidente da Câmara, João Emanuel (PSD). Ele já me garantiu, pessoalmente, que vai instalar a comissão e já afirmou isso também em entrevistas. Então, estou só esperando, e tenho cobrado o presidente para publicar logo a resolução da CPI. Eu vejo que a CPI da CAB é irreversível, até porque, de cada 10 habitantes de Cuiabá, 10 querem essa CPI”, afirmou o vereador, na manhã desta terça-feira (27).
Essa é a terceira vez que um vereador de Cuiabá tenta emplacar uma CPI para investigar o contrato da Prefeitura com a CAB.
Antes de Renivaldo, Domingos Sávio (PMDB) e Chico 2000 (PR) fizeram a mesma tentativa.
Apesar da demora e dos rumores de que a CPI não sairá desta vez, Renivaldo negou que um suposto acordo esteja sendo costurado para “enterrar” a comissão novamente.
“Conciliação sempre é importante. Mas, o que acontece é que não vejo, hoje, como voltar atrás na CPI da CAB. Assim como não vejo como voltar atrás na CPI dos Maquinários. Se tem 'caixa preta' dos maquinários ou da CAB, tem que abrir e mostrar para a população. Essa CPI da CAB é irreversível, até porque queremos evitar tomar atitudes no Judiciário. Temos que resolver a situação no Legislativo”, disse o vereador.
Ele afirmou que tem o respaldo do PDT e de vários vereadores para abrir a CPI da CAB.
“Não tive respaldo da Prefeitura, mas também não houve manifestação contrária. Eles não estão contra essa investigação”, observou.
Foco da CPI
Renivaldo Nascimento informou que o foco da CPI será investigar a má qualidade dos serviços da concessionária de água e esgoto da Capital, bem como rever algumas cláusulas contratuais.
A CAB atua em Cuiabá desde abril de 2012, e tem os prazos de três anos para universalizar o tratamento e a distribuição de água na cidade, e de 10 anos para universalizar a rede de esgoto.
“Temos que rever, em comum acordo entre a Câmara e a Prefeitura, essas cláusulas de prazo, que não colocam data para início, meio e fim para os serviços, só o fim. Temos que rever isso, a população não pode ficar refém disso. E a empresa, até agora, não mostrou sua capacidade financeira de investimento, principalmente na rede de esgoto. Não existe esgoto em Cuiabá. Não quero CPI para caçar bruxas, quero resolver o problema de água e esgoto em Cuiabá, que é sério”, afirmou o vereador.
Midia News
