Laudo comprovou agressão, mas delegado pediu que suspeito fosse solto
Do Jornal da Record
Funcionário não trabalha mais no harasReprodução/Rede Record
Uma família de Orlândia — a 365 km da capital paulista — luta há dois anos para cobrar a prisão de um suspeito de estuprar um adolescente de 14 anos em um haras. O rapaz ficou em coma por 19 dias e permaneceu no hospital por oito meses. A versão inicial era de que ele tinha caído do cavalo, mas um laudo comprovou abuso sexual.
Em setembro de 2011 a família do jovem foi avisada que ele tinha caído durante uma cavalgada. Após o período de coma, ele ainda ficou dez meses sem conseguir falar. Nesse meio tempo os médicos fizeram uma constatação: o menino não tinha lesões que se assemelhassem às de um tombo.
Além disso, outros ferimentos graves foram constatados no ânus. Os laudos comprovaram que ele teve lesões provocadas por algum objeto. Quando voltou a falar, o adolescente confirmou a agressão sexual por um funcionário do haras e disse que já tinha sido abusado outras vezes.
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A polícia começou a investigar o caso. A prisão temporária do suspeito foi decretada pela Justiça por um período de 30 dias. Porém, após dois dias na cadeia, o homem foi solto, a pedido do próprio delegado. Ele teria ouvido frequentadores do haras que disseram ter visto o rapaz caindo do cavalo e não testemunharam qualquer agressão.
O suspeito deixou de trabalhar no haras. Segundo o dono do local, a demissão não tem ligação com a denúncia contra ele. O delegado disse que não pode dar informações porque o processo corre em segredo de Justiça. O inquérito foi concluído. A promotora do caso disse que aguarda uma decisão judicial para se pronunciar.
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