De acordo com o secretário Maurício Guimarães, Fifa não prevê sanções às cidades-sedes


Governo admite atraso, mas diz que Copa está garantida

Secretário da Copa, Maurício Guimarães: atrasos nas obras são administráveis
LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O ritmo lento de algumas das obras consideradas essenciais para que Cuiabá possa sediar a Copa do Mundo de 2014, apontado pelo último relatório físico-financeiro elaborado pelo Tribunal de Contas do estado (TCE), aumentou a apreensão da população e os comentários de que Cuiabá poderá perder a chance de sediar o Mundial.
O documento do TCE, que tem como referência a data de 30 de junho deste ano, aponta que as construções e intervenções urbanas previstas para o Mundial na Capital encontram-se em um ritmo aquém do esperado – principalmente no que se refere à construção dos dois Centros Oficias de Treinamento (COT) e do Fifa Fan Park e à obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Tais obras constam na Matriz de Responsabilidades assinada pelo Governo do Estado com a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Também estão previstos no documento a reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, a construção da Arena Pantanal, o Corredor Mário Andreazza (duplicação da MT-444 e da ponte) e as obras previstas no entorno da arena (Córrego Oito de Abril, Pavimentação e Restauração de ruas do entorno, duplicação da Estrada da Guarita e construção da Trincheira Ciríaco Cândia).
"A Secopa reconhece os atrasos e temos um olhar ainda mais atento sobre essas obras porque temos um compromisso nacional"
Em entrevista ao MidiaNews, o secretário Extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, reconheceu problemas no ritmo de execução das obras. 
“A Secopa reconhece os atrasos e temos um olhar ainda mais atento sobre essas obras porque temos um compromisso nacional. A Matriz de Responsabilidades não serve para avaliar o Estado, mas o Brasil. O Mundo está avaliando a capacidade do Brasil de sediar uma Copa do Mundo por meio da Matriz de Responsabilidades das cidades-sedes”, disse.
Ainda assim, ele reafirmou a entrega de todas as obras dentro do prazo anunciado pelo Governo do Estado e salientou que, com exceção da Arena Pantanal, a Fifa não definiu prazos para entrega das demais obras essenciais.
“Na Matriz de Responsabilidades não está escrito que tudo tem que estar pronto em dezembro. Está escrito que tem que estar tudo pronto para o evento. Lá [no documento] eu tenho data de entrega para todas as obras, mas não tenho uma data de corte, uma data limite. Tanto é que o VLT, na Matriz, está para ser finalizado em maio”, disse.
Segundo Guimarães, o prazo dado pela Federação para o término da Arena Pantanal para dezembro deste ano se trata de uma precaução da entidade, para não correr os mesmos riscos enfrentados quando da realização da Copa das Confederações, não de uma determinação de contrato.
“Por se tratar de uma obra grandiosa, ela quer ter tranquilidade para organizar o evento, fazer e acompanhar os eventos testes, e verificar o funcionamento dos equipamentos de Tecnologia de Informação”, completou.
Questionado se a não entrega de alguma obra prevista na Matriz de Responsabilidades poderia resultar em corte da cidade como sede do Mundial, Guimarães negou.
“Nunca se discutiu isso [corte da cidade] em âmbito Governo do Estado e Fifa. Se existe, eu desconheço. Não há documento assinado sobre isso. Temos um termo de compromisso sem sanção referente a isso [obras não concluídas]”, afirmou.
De acordo com o secretário, o risco de corte para qualquer sede “é permanente”, porque o evento é da Fifa e “ela tem a liberdade de tirar e ajustar o que ela quiser”.
"[...] esse evento é única e exclusivamente gerenciado pela Fifa. Se ela, inclusive, quiser tirar a Copa do Brasil, ela tira"
“Nós estamos cumprindo tudo o que nós nos comprometemos a fazer. Os contratos estão sendo executados, os cronogramas estão sendo cumpridos e a Fifa tem acompanhado tudo constantemente, então nós não vemos qualquer possibilidade [de perder a sede]. Mas esse evento é única e exclusivamente gerenciado pela Fifa. Se ela inclusive quiser tirar a Copa do Brasil, ela tira”, disse.
 Segundo Guimarães, ações para compensar os atrasos nas obras – tanto as de mobilidade e travessia urbana quando as da Matriz de Responsabilidades – já estão sendo tomadas pela Secopa.
“Em primeiro lugar, há um trabalho permanente de acompanhamento na obra, inclusive online, para que as devidas correções e ajustes sejam feitos ainda em canteiro. Além disso, estamos sempre definindo estratégias para identificar em que fases ou que etapas dessa obra podem ser antecipadas no cronograma ou auxiliar na recuperação do tempo que foi perdido com os problemas enfrentados no início da obra”, disse.
Obras da Matriz de Responsabilidades
Arena Pantanal
Atualmente orçada em R$ 537,7 milhões – dos quais R$ 420 milhões referem-se apenas à construção da parte física do Complexo Multiuso (estádio, área de lazer e área verde), sob responsabilidade da Construtora Mendes Júnior –, a Arena Pantanal tinha 80, 26% dos serviços concluídos até junho deste ano.
O contrato com a Mendes Júnior prevê a entrega da obra até 31 de outubro deste ano. Em seguida, terão início as instalações dos serviços de Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC) e dos assentos e mobiliários da arena, fazendo com que a obra esteja pronta para uso apenas em dezembro deste ano – prazo limite dado estabelecido pela Fifa.
Fifa Fan Park
Edson Rodrigues/Secopa
Arena Pantanal: obra estará pronta para uso em dezembro deste ano, diz Secopa
Com edital para elaboração do projeto já lançado, o local servirá como ponto de encontro para os torcedores que não forem ao estádio assistir aos jogos da Copa do Mundo. Além de telões para transmissão dos jogos do Mundial, haverá shows nacionais e internacionais e estandes dos patrocinadores da competição.
Em Cuiabá, o Fifa Fan Park será construído no Parque Senador Jonas Pinheiro, na região do Porto. Como será constituído basicamente de estruturas temporárias a serem montadas às vésperas do evento, a Secopa descarta qualquer possibilidade de atraso na preparação do local.
“A grade de shows já está fechada, toda a estrutura já foi aprovada pela Fifa e os contratos com os patrocinadores já estão sendo assinados. Já vamos iniciar o processo construtivo. Serão 90 dias de obras, é algo rápido”, disse Guimarães.
Atualmente, a Secopa está na fase de contratação da empresa que irá elaborar o projeto do local. Quando o projeto for concluído, um novo edital será lançado para contratação da empresa que irá executar a obra.
“É uma área livre que pode estar pronta a qualquer momento. Mas queremos adiantar. Como se trata de uma estrutura temporária, com a área pronta eu posso dar início às preparações para o Fifa Fan Fest, como a instalação dos banheiros, por exemplo”, afirmou o secretário.
Centros Oficiais de Treinamento (COTs)
COT da Barra do Pari
Orçado em R4 25,5 milhões e sob responsabilidade do Consórcio Barra do Pari, o Centro de Treinamento de Várzea Grande começou a ser construído em janeiro deste ano, mas avançou apenas 11,23% até junho deste ano, segundo o TCE – quando já deveria estar com mais de 68% da obra pronta.
Guimarães reconheceu o ritmo lento da obra – prevista no cronograma inicial para ser entregue em 10 de outubro deste ano – e explicou que imprevistos na fase inicial da obra complicaram a sua evolução dentro do que era esperado.
“Nós tivemos problemas no projeto de implantação. Por exemplo, até hoje eu não consegui colocar energia elétrica lá. Estamos trabalhando com gerador, porque a Rede Cemat não conseguiu levar energia elétrica para o canteiro. Apesar do processo construtivo estar aquém do desejado, ainda está dentro de um cronograma que permite ao governo ter tranquilidade de que ele estará pronto em dezembro deste ano, embora o COT tenha que estar pronto em junho de 2014”, disse.
Segundo o secretário, não há compromisso algum firmado com a Fifa para que os COTs estejam prontos ainda este ano, apenas a arena.
Edson Rodrigues/Secopa
COT Barra do Pari: sem energia elétrica, operários trabalham com auxílio de geradores
“A Fifa entende que sem COT ela faz Copa, sem arena, não. Tanto é que a Fifa nem monitora a construção dos COTs. Então, se eu tiver algum ‘delay’ na entrega, eu estou tranquilo. Apesar da avaliação do TCE demonstrar um atraso, que é verdade, nós temos controle da situação. Temos um plano que diz que a obra será entregue em dezembro e que se houver algum problema no prazo, ainda temos uma ‘gordura’ para queimar. Tanto neste como na UFMT”, disse.
COT da UFMT
Com apenas 4,27% dos trabalhos concluídos, o COT da UFMT também enfrentou problemas quando do início da obra, segundo a Secopa. Orçado em R$ 15,8 milhões, o Centro de Treinamento está sendo construídos pelas empresas Engeglobal e Três Irmãos e tem prazo de entrega previsto para 29 de dezembro deste ano.
“Na UFMT, nós também tivemos problemas no início da obra e no projeto, que não estavam previstos. Como ali fica numa espécie de bacia baixa do Córrego do Barbado, nós tivemos que mudar o projeto para incluir obras de drenagem, que não estavam previstas. Isso porque o projeto foi feito pelo próprio Departamento de Engenharia da UFMT, e não por uma empresa que não conhecia o local”, disse Guimarães.
Com o problema superado, a Secopa afirma que duas das quatro torres de 32 metros previstas no projeto já estão em construção e que a drenagem para colocação do gramado já está sendo feita no local.
“As estacas da arquibancada começam a ser executadas na próxima semana. Essa obra também está sob controle e prevista para dezembro, mas também com essa condição de termos um prazo para administrar um tempo a mais, caso haja necessidade”, disse.
Corredor Mário Andreazza
As obras ligadas ao Corredor Mário Andreazza fazem parte do plano B de locomoção entre o aeroporto, a Arena Pantanal e a rede hoteleira, além de facilitar o acesso ao Centro Oficial de Treinamento (COT) da Barra do Pari.
Uma das obras é a duplicação da Ponte Mário Andreazza, que já foi concluída pela empresa Atrativa Engenharia, e que tem 228 metros de extensão. Hoje, apenas trabalhos de reforço estão sendo executados na estrutura antiga. A obra custou R$ R$ 11,4 milhões.
A outra obra que compõe esse corredor é a duplicação da Rodovia Mário Andreazza (MT-444), que é uma das rotas de integração entre Cuiabá e Várzea Grande e entre a Capital e o interior do Estado, por meio do Trevo do Lagarto, sem ter necessidade de passar pela Cidade Industrial.
Edson Rodrigues/Secopa
Reforma e ampliação do aeroporto devem dobrar capacidade do terminal
Ao todo, a duplicação ocorre do Trevo do Lagarto (encontro das BRs 364, 163 e 070) até a Avenida Miguel Sutil, em um total de 9,4 km. A obra é executada pela empresa Agrimat Engenharia e está orçada em R$ 22 milhões.
Hoje, os trabalhos estão concentrados na pavimentação da via e na execução de serviços complementares, como calçadas e meio-fio.
“Essa obra completa será entregue em novembro”, disse o secretário da Copa.
Reforma e Ampliação do Aeroporto
Sob responsabilidade do Consórcio Marechal Rondon e orçado em R$ 77,2 milhões, a obra de reforma e ampliação do Aeroporto Internacional Marechal Rondon deve ser vista dividida em duas fases, segundo Guimarães.
“Tem a fase de ampliação dos terminais de passageiros, que tem entrega prevista em dezembro, e a finalização total da obra, com estacionamentos e a reforma da ala em uso hoje, que será entregue em março. O aeroporto estará 100% concluído em março. Mas 85% da estrutura estará pronta em dezembro”, disse.
Segundo o relatório do TCE, a obra estava com 13% dos serviços concluídos em junho deste ano, quando o esperado era que mais de 43% da obra já estivesse pronta.
Entorno da Arena
Córrego Oito de Abril
A obra de reestruturação e revitalização do Córrego Mané Pinto/Avenida Oito de Abril está sendo executada pela Engeglobal Construções e tem por objetivo facilitar o acesso à Arena Pantanal.
Segundo o TCE, 7,32% da obra já foi executado, quando o esperado era que quase 89% dela estivesse pronta. A previsão inicial é de que a obra fosse concluída em julho passado. Com a demora para o início da obra, o prazo de entrega será aditado pela Secopa.
“Para nós, a obra está dentro do cronograma e sob domínio. Essa obra demorou para ser iniciada. Eu licitei a obra com projeto básico e quando contratei a empresa, ela teria que fazer o projeto executivo e executar a obra. Então eu tinha um prazo de execução desse projeto, que demorou um pouco mais. O prazo será aditado, com prazo máximo para dezembro deste ano”, disse.
Atualmente, segundo Guimarães, os pontilhões já estão quase todos concretados e já estão em execução também as obras drenagem e dos encaixes dos coletores-troncos na estação elevatória.
"Na Matriz de Responsabilidades, não está escrito que tudo tem que estar pronto em dezembro. Está escrito que tem que estar tudo pronto para o evento"
Pavimentação e restauração de diversas ruas do entorno

Antes previstas para o final do ano passado, as obras de pavimentação e restauração de ruas diversas no entorno da Arena Pantanal estão sendo executadas pela empresa Três Irmãos Engenharia e já deveriam ter sido concluída em maio deste ano, de acordo com o novo cronograma.
Dividida em dois lotes – dos quais o primeiro se refere apenas à pavimentação das vias e está com 19,74% dos serviços concluídos – os dois projetos estão em execução. Já o lote 2, de recuperação e melhoria das vias, está com 13,39% dos trabalhos prontos.
Atualmente, 15 das 35 vias previstas para serem recuperadas já foram pavimentadas, segundo a Secopa. Entre os bairros atendidos estão Cidade Alta, Jardim Cuiabá, Goiabeiras, Centro-Sul, Popular, Duque de Caxias, Barra do Pari e Jardim Santa Isabel.
Ao todo, as obras estão orçadas em aproximadamente R$ 13 milhões.
“Por estratégia e decisão nossas, estamos dilatando esses prazos de conclusão das obras. Nós estamos fazendo já o recapeamento, mas as obras de melhoria [lote 2] nós não temos muita pressa em função de que a acessibilidade deve ficar pronta para o evento. Eu vou aditar a entrega dele para mais perto do evento’, disse.
Já o lote 1, que se refere apenas à pavimentação de vias deverá ser entregue ainda este ano, antes do início das chuvas.
“A pavimentação eu preciso terminar agora, antes que as chuvas comecem. Ela está prevista para 19 de setembro, e esse eu vou cobrar o cumprimento do cronograma”, afirmou.
Trincheira Ciríaco Cândia
Conhecida como “trincheirinha”, a obra também teve problemas no contrato anterior e também já teve seu prazo reajustado para julho deste ano – mas ainda não foi entregue pelo Estado, o que deve ocorrer apenas após a entrega do Viaduto do Despraiado, que será inaugurado em 29 de agosto.
Edson Rodrigues/Secopa
Trincheira Ciríaco Cândia: obra depende de marginais da obra do Verdão para ser liberada
Agora sob responsabilidade da Métrica Construções, a obra de 459 segue para a reta final, passando pelo processo de pavimentação. Ao fim dessa etapa, serão iniciados os serviços de sinalização para adequação da pista ao sistema viário.
De acordo com o TCE, apenas 55% da obra está concluída. No entanto, o contrato analisado é apenas o último e desconsidera os serviços realizados pela empresa Ster Engenharia, quando era responsável pela obra.
“Essa obra está pronta e será inaugurada assim que as obras das marginais da Trincheira do Verdão forem finalizadas. Ela integra com a trincheira do Verdão, então assim que essa marginal estiver pronta, ela estará liberada para uso. Hoje ela não tem funcionalidade”, explicou Guimarães.
Estrada da Guarita
Compreendida entre a Avenida Ulisses Pompeu de Campos e a Passagem da Conceição, em Várzea Grande, a duplicação da via permitirá aos motoristas acessar o centro da cidade sem passar pela Avenida da FEB e o COT do Pari.
A obra deveria ter sido concluída em janeiro deste ano pela empresa Agrimat Engenharia, mas ainda se encontra na fase de pavimentação e de execução dos serviços complementares (calçada e meio-fio).
Orçada em R$ 23,8 milhões, a obra teve o prazo de conclusão aditado pelo Estado e tem entrega esperada para novembro deste ano.
Segundo Guimarães, a obra entra agora em uma segunda fase, no trecho onde foram feitas 176 desapropriações e que agora será necessário demolir os imóveis para dar continuidade à obra.
“Toda a parte que era livre na obra, do entroncamento da Mário Andreazza até a Passagem da Conceição, está praticamente pronta. Agora, a parte via até chegar à Ulisses Pompeo de Campos, é a parte que começam as demolições das desapropriações já feitas. Então 60% dela está pronta. As demolições não comprometem o andamento da obra”, disse.
Já as obras de duplicação, reforma e reforço da ponte sobre o Rio Pari, que completa a obra de duplicação da estrada da Guarita, passa por retoques finais no calçamento e meio-fio antes de ser entregue à população.
A obra custou R$ 2,9 milhões e foi executada pela empresa Atrativa Engenharia e tinha prazo de conclusão, já aditado, para fevereiro deste ano.
Edson Rodrigues/Secopa
Estrada da Guarita: obra irá ajudar a desafogar o trânsito durante o Mundial
VLT
Orçado em R$ 1,477 bilhão, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos na Grande Cuiabá – bem como a construção de 12 obras de arte – está sendo realizada pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. 
Ao todo, o projeto contempla a construção de 12 obras de arte, sendo três pontes – Porto (Rio Cuiabá) e Avenida Beira Rio (duas pontes sobre o Rio Coxipó) –; quatro trincheiras (Km Zero, Luiz Felipe, Trigo de Loureiro e Cristo Rei – este último projeto está sendo modificado para ser transformado em outra obra de mobilidade – e cinco viadutos (Aeroporto, Beira Rio, Sefaz, MT-040 e UFMT).
O novo modal será implantado em dois corredores estruturais do transporte coletivo e passará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB (em Várzea Grande), e também pelas avenidas XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
A obra consta na Matriz de Responsabilidades como a solução para a mobilidade urbana da Capital.
“O BRT estava na Matriz original e pedimos a mudança para o VLT e alteração do valor de R$ 423 milhões para R$ 1,477 bilhão. Além disso, nós incluímos aquelas 12 obras de arte, porque elas não existiam no projeto do BRT”, explicou o secretário.
Segundo o TCE, 35,48% dos trabalhos já foram concluídos. A obra tem entrega prevista para março de 2014.
“Para a Secopa, dentro dos cronogramas atualizados, nós entendemos que o prazo de entrega será cumprido”, disse.
De acordo com Guimarães, apenas uma obra de arte e dois projetos especiais faltam ser iniciadas pelo consórcio: o reforço do Canal da Prainha, a Trincheira da Trigo de Loureiro e o alargamento do Viaduto da Avenida do CPA (para encaixe com a trincheira), bem como construção de uma passagem de pedestres, que hoje não existe na via.
“O Centro de Manutenção e o Centro de Comando e Operação já está na fase de infraestrutura, preparado para receber os trilhos. Os trilhos do Centro de Manutenção já estão no Brasil. Eles são diferentes dos trilhos da via. São quase 10 km que serão instalados no pátio de manobra do trem”, disse.
Edson Rodrigues/Secopa
Trincheira do KM Zero: uma das obras de arte do VLT que estão sendo construídas em Várzea Grande
Segundo o secretário, as obras para construção dos três terminais de Integração (Coxipó, CPA e Porto) já estão em andamento.
“Nós estamos com a obra do terminal de Integração do Coxipó já em execução, estamos terminando a locação para dar início ao terminal do CPA e estamos finalizando com o Atacadão a liberação da obra para iniciar o Terminal de Integração do Porto”, afirmou.
A via permanente do VLT também já foi iniciada no Centro de Manutenção, na Avenida João Ponce de Arruda e na Avenida da FEB, em Várzea Grande.
“Estamos com outra frente de trabalho começando na Avenida do CPA e iremos abrir uma nova frente já na Avenida Fernando Correa na próxima semana para começar a rasgar a avenida e iniciar a implantação da via permanente”, disse.
MidiaNews