CPI é chantagem para prefeito aumentar duodécimo, critica secretário de Mendes

Kleber afirma que presidente da Câmara "só pensa em dinheiro" e acentua rusga entre Executivo e Legislativo
JONAS DA SILVA 
O entendimento da equipe do prefeito Mauro Mendes (PSB) é que a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maquinários devido licitação da Prefeitura de Cuiabá é “chantagem” do presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Lima (PSD).

A manobra seria pressão para o Executivo “aumentar o duodécimo” da Câmara de Cuiabá (repasse legal de verba pública para o legislativo).

A avaliação é do secretário de Comunicação, jornalista Kleber Lima, em entrevista ao HiperNotícias. Ele fez os comentários ao responder perguntas sobre motivação da abertura da investigação na Rádio Mix e na TBO-SBT nessa quinta-feira.

A reportagem ligou no celular do presidente da Câmara e uma assessora informou que ele retornaria para comentar o assunto.

Montagem/HiperNotícias Troca de farpas entre auxilliares de Mauro Mendes e João Emanuel mostra nível de tensão entre Executivo e Legislativo

O secretário afirma que o “prefeito não teme CPI e tem convicção pela lisura” da licitação e economia de cerca de 30% proporcionada, além da investigação já realizada pelo Ministério Público.

“A motivação é totalmente política. Isso é chantagem para o prefeito aumentar o duodécimo. João Emanuel só pensa em dinheiro. Ele pressiona o prefeito para aumentar o duodécimo de R$ 2,7 milhões por mês”, critica o secretário.

MAIS VERBA
Nas contas do porta-voz de Mendes e demais secretários do governo, o presidente da Câmara quer ampliar em R$ 10 milhões os recursos para o poder legislativo no ano de 2013.

O secretário afirma que o prefeito Mauro Mendes não aumentou e não vai aumentar o repasse, pois não é possível legalmente, o que no jargão jurídico é tido como inconstitucional.

Para os municípios com porte de Cuiabá, o repasse estabelecido por lei é de 4,5% da receita tributária do ano anterior.

“Ele (João Emanuel) está usando a CPI como chantagem para aumentar o duodécimo, o que não vai acontecer. Poder abrir quantas CPI quiser”, reitera o secretário de Comunicação.

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