Votação foi feita no escuro e sem reconhecimento do comando da Casa
Secom-Câmara
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João Emanuel, que se transformou em alvo da base aliada de Mendes na Câmara
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
Em mais um lance polêmico, os vereadores que compõem a base do prefeito Mauro Mendes (PSB) realizaram, no início da tarde de hoje (29), uma manobra ousada e afastaram o presidente do Poder, vereador João Emanuel (PSD).DA REDAÇÃO
Após o término da sessão normal, por volta do meio-dia, ele abriram uma outra sessão, às 13 horas, e aprovaram, com 16 votos, o afastamento do presidente do Poder.
A deliberação foi feita de forma extra-oficial, com o plenário no escuro, sem microfones e sem transmissão pela TV Câmara. E, ainda, sem o reconhecimento do presidente e dos funcionários do Legislativo, já que não havia nem mesmo taquígrafos registrando a sessão.
A votação foi conduzida pelo segundo vice-presidente, o vereador Haroldo Kuzai (PMDB).
Os vereadores da base alegaram que, como membro da Mesa Diretora, o peemedebista poderia reabrir a sessão e colocar o afastamento em pauta. Caso o afastamento seja concretizado, a Câmara passa a ser presidida pelo primeiro vice-presidente, Onofre Junior (PSB).
Na votação realizada mais cedo, durante a sessão ordinária e de forma oficial, João Emanuel foi mantido no cargo com 13 votos. No total, 25 vereadores compõem a Câmara.
Além de afastarem João Emanuel da presidência, os parlamentares da base também criaram uma Comissão Processante contra ele, que vai avaliar e julgar sua defesa.
A comissão será presidida por Júlio Pinheiro (PTB), tendo o vereador Mario Nadaf (PV) como relator, e Wilson Kero Kero (PRP) como membro titular.
A batalha já declarada entre o prefeito Mauro Mendes e sua base contra João Emanuel deve se transformar em uma guerra jurídica.
A base governista já entrou na Justiça contra a composição da CPI dos Maquinários.
Agora, o afastamento do parlamentar do comando do Legislativo também deve ser alvo de questionamentos judiciais.
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