A decisão foi tomada após João Emanuel manobrar contra os vereadores da base de Mendes
Antonielle Costa
Após uma sessão ordinária tumultuada, a base aliada do prefeito Mauro Mendes (PSB) realizou uma sessão extraordinária e afastou o presidente da Câmara Municipal, João Emanuel. A votação se deu em meio às escuras e sem som no Plenário.
A decisão foi tomada após João Emanuel manobrar contra os vereadores e colocar em votação um pedido de cassação e não de afastamento como requerer os parlamentares, alegando ser a única medida possível por quebra de decorro.
Dessa forma, ele forçou os próprios vereadores que pediram seu afastamento a votarem pela sua permanência no comando do Legislativo. A cassação foi rejeitada por unanimidade e ao final ele esbravejou que segue na presidência.
A sessão foi presidida pelo vice-presidente da Câmara, Haroldo Kuzai. O afastamento deve perdurar por 15 dias. Além disso, uma comissão processante foi instaurada para investigar João Emanuel.
Integram a comissão os vereadores Júlio Pinheiro (PTB) - presidente -, Faissal Kalil (PSB) - relator - e Wilson Kero-Kero (PRP) - membro - irá comandar as investigações que podem resultar na cassação do parlamentar do PSD.
Pedido de afastamento
A base aliada do prefeito requereu nesta quinta-feira (29), o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel (PSD), por falta de decoro e prevaricação.
O líder do prefeito, Leonardo de Oliveira (PSDB) foi responsável pela leitura do pedido assinado por mais 15 parlamentares. O documento traz vários pontos que supostamente o presidente teria agido em afronta ao Regimento Interno e a Lei Orgânica Municipal.
Ele citou o fato de em maio passado, o vereador Domingos Sávio ter apresentado a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a CAB Cuiabá, responsável pelo sistema de água e esgoto da Capital.
“A CPI já está aprovada e até hoje o presidente não instaurou ou sequer nomeou os membros, o que representa uma prevaricação”, afirmou Oliveira.
Citou a propositura de outras CPI’s que até o momento não foram instauradas.
O documento foi subscrito pelos vereadores: Adevair Cabral, Adilson Levante, Chico 2000, Derley Primo, Dilemário Alencar, Domingos Sávio, Haroldo Kuzai, Faissal, Júlio Pinheiro, Lueci Ramos, Mário Nadaf, Luiz Henrique, Onivaldo da Farmácia, Renivaldo Nascimento e Wilson Quero-Quero.