30 dias após decreto, lista tríplice para Ouvidoria não está com Mauro


30 dias após decreto, lista tríplice para Ouvidoria não está com Mauro

Victor Cabral

   Mais de 30 dias se passaram desde que o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), receberia a lista tríplice para escolher o novo ouvidor da Capital, mas nenhum conselho – responsável por selecionar os candidatos - encaminhou as indicações. Por conta da demora, a Procuradoria vai, mais uma vez, enviar novos ofícios para que os nomes sejam apresentados ao socialista, que escolherá uma das opções.
   Em julho foi editado um decreto que regulamenta a escolha do novo responsável por ouvir as reclamações e denúncias da população, auxiliando os secretários na resolução dos problemas. O caso é emblemático e levou Mauro a encomendar uma análise jurídica e técnica acerca das questões. Acontece que, embora o entendimento da procuradoria seja de que o mandato de Adriana Venturosa tenha vencido mês passado, a ainda ouvidora garante ter direito a mais um ano no cargo, permanecendo até julho de 2014.
   Os argumentos dela, no entanto, não convenceram a administração. O prefeito já editou o decreto necessário para regulamentar a eleição. Agora, contudo, depende que 10 entidades indiquem os nomes que poderiam ocupar o cargo. Os currículos serão analisados por uma comissão formada por representantes da Procuradoria, Controladoria e Gestão.
   A polêmica começou graças ao conflito de datas entre duas leis que regulamentam a questão. Acontece que Adriana foi nomeada em 15 de julho de 2010, quando a lei em vigor era a 137/2006, por meio da qual era previsto um mandato de um ano, prorrogável por mais um. Em 2011, no dia do vencimento do mandato, todavia, a legislação mudou, com aprovação da lei 250/2011, em que o mandato é de dois anos, prorrogável por mais dois. Justamente, por isso, Adriana considera que sua permanência na pasta deve obedecer à nova legislação.
   A lei, entretanto, não especificava quais entidades têm a prerrogativa de indicar um nome, o que foi feito agora. Adriana, por exempo, foi indicada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) e nomeada ainda na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB). O ouvidor tem status e salário de secretário, atualmente fixado em R$ 9,2 mil.
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