Senador do PDT confia em manter aliança com PSB e PPS para 2014, e reafirma estar habilitado para ir para uma disputa ao governo
RONALDO PACHECO
Formada em 2010 para a disputa do governo de Mato Grosso por grupos dissidentes do então governador Blairo Maggi, a aliança política Movimento Mato Grosso Muito Mais foi repetida em 2012 com relativo sucesso, mas corre sério risco de não sobreviver para 2014.
O senador Pedro Taques (PDB), em tese principal líder do agrupamento, espera contar com PSB, PPS e PV no seu arco de alianças para uma eventual candidatura ao governo de Mato Grosso, em 2014.
O problema está justamente na insistência de PSB e PPS transferirem a discussão para 2014. É notório no meio político que o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), sempre teve amizade e apoio político do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), até por ambos serem empresários. Maggi foi um dos incentivadores para Mauro entrar na política.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Prefeitos de Rondonópolis, Percival Muniz, e de Cuiabá, Mauro Mendes, preferem deixar discussão de 2014 mais para frente
“É lógico que, por estar habilitado [maior de 35 anos e filiado a partido], eu penso em discutir isso (candidatura a governador). Mas a decisão é do conjunto de aliados e não apenas minha, na época adequada (2014), sem atropelos”, ensina o senador pedetista.
“Eu penso sempre no melhor para Mato Grosso. E isso não quer dizer que seja candidato”, pondera.
“Entendo, por exemplo, que os incentivos fiscais, criados por Celso Furtado nos anos 70, devam ser mantidos por mais algum tempo. O formato atual está distorcido, mas deve ser corrigido e ter sequência”, define Taques, ao lembrar que Mato Grosso só irá se desenvolver plenamente se verticalizar a produção, especialmente com a agroindústria.
RESULTADOS ELEITORAIS
Nem mesmo o relativo êxito em 2012, quando a aliança do movimento elegeu os prefeitos Mauro Mendes (PSB), em Cuiabá; Percival Muniz (PPS), em Rondonópolis; e Otaviano Pivetta (PDT), em Lucas do Rio Verde, demonstra força para mantê-los no mesmo palanque.
Derrotado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) na disputa pelo governo de Mato Grosso em 2010 e vitorioso par a Prefeitura de Cuiabá, no ano passado, Mendes desconversa quando o tema é apoio a Taques.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Pedro Taques afirma que políticas de governo, como incentivos fiscais, devam ser mantidas, mas não no 'formato distorcido' como estão
“Vamos discutir 2014 somente em 2014. A sociedade não aguenta mais terminar uma eleição e já começar a discutir a outra”, justifica Mendes, para a reportagem do HiperNotícias, como argumento para não declarar apoio ao senador do PDT.
“A sociedade exige resultados concretos e não conjecturas políticas. Temos que discutir o pleito de 2014 somente em 2014”, repete o prefeito.
Já Percival optou por uma resposta enigmática sobre o possível apoio a Taques, em 2014. Quase uma metáfora. “Eu o apoiei bravamente”, sintetiza o prefeito rondonopolitano.
Sobre a possibilidade de reiterar o apoio, Muniz foi lacônico. “Devo pensar em soluções para os problemas que afligem a população de Rondonópolis. E te garanto: não são poucos”, esquivou-se Percival.
No ano passado, Pedro Taques arregaçou as mangas para pedir votos aos seus amigos de Cuiabá, Rondonópolis e Lucas. Mas a reciprocidade não está assegurada.
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