O prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) liderou a voz de revolta dos gestores mato-grossenses que se sentem prejudicados com a redução dos recursos da saúde em 50%, em discurso na Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) na terça-feira (26). O socialista reclamou que a receita do Estado não diminuiu e que, mesmo assim, está sendo determinado um menor encaminhamento de verba para o setor de atenção básica aos 141 municípios.
Ao secretário de Estado de Saúde Mauri Rodrigues (PSB), Mendes criticou o governo de Silval Barbosa (PMDB), que ao reduzir os repasses para as cidades do interior, irá ocasionar em um maior estrangulamento das unidades de saúde da capital. Ponderou ainda que a intenção de nenhum dos prefeitos é estabelecer uma queda de braço com o Executivo, porém, que as medidas de aplicação de recursos ainda devem ser discutidas.
“Parece que as receitas não reduziram 50%, e querem cortar 50% dos recursos da saúde. Esse corte de 50% cria um desajuste na atenção básica do interior e vai instaurar um caos aqui em Cuiabá. Temos que ter bom senso. A saúde precisa ter prioridade. Não concordo e vamos trabalhar, quero ser parceiro do governo, não queremos estabelecer uma queda de braço. Gostaria que o Estado colocasse no que está reduzindo esses 50%. Nós não aguentamos e não vou aguentar esse fardo sozinho”, destacou.
Os menores valores destinados na área estão estabelecidos por lei após aprovação na Assembleia Legislativa, no número 9.870/2012, ainda no ano passado, após solicitação do chefe do Executivo.
Na defesa do Estado, o secretário Mauri Rodrigues afirmou que a pasta não irá abrir mão da determinação de Silval e ponderou que não está havendo cortes na saúde, mas sim um reajuste do orçamento. Em tom ácido, declarou ainda que o Estado é quem mais absorve as demandas e criticou ainda que os próprios municípios é quem não cumprem a atenção básica, ao menos em sua maioria.
“O Estado absorve uma parcela considerável que constitucionalmente não seria de seu dever. Não estou dizendo que os municípios não fazem nada, mas em sua maioria, inclusive a capital, não fazem a atenção básica. Os hospitais do Estado acabam tomados por consultas laboratoriais. Queria que alguém me contrariasse a isso”, ressaltou.
Quanto às dívidas do Estado com os municípios referentes ainda ao ano de 2012, um total de R$ 46 milhões já estão sendo pagos aos municípios. Fica em aberto somente o montante referente aos primeiros meses de 2013. Os prefeitos irão articular agora para que a lei seja revogada, já que consideram o total de R$ 77 milhões destinados para saúde insuficientes para atender a demanda existente em todo o estado. (PV)






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