Vereador afirmou estar insatisfeito dentro da sigla; Robério Garcia indica nova “traição”
Thiago Bergamasco
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O presidente municipal do PSB, Robério Garcia, afirmou que a possibilidade do vereador Faissal Calil deixar a sigla, neste momento, significará perda de mandato.
Na última semana, o parlamentar se mostrou descontente dentro do partido e cogitou deixá-lo.
“Se ele fizer isso, estará traindo os eleitores. Ele terá, mais uma vez, a alcunha de traidor do PSB, já que no início deste ano, na eleição da Mesa Diretora da Câmara, votou em João Emanuel e não no seu próprio partido. Mesmo assim, não existe razão para ele deixar a sigla”, afirmou Garcia.
De acordo com o presidente, todos os vereadores eleitos foram definidos por proporcionalidade, levando em conta suas siglas. Dessa forma, o mandato não é de Faissal, e sim, do PSB.
“A legislação é clara: o mandato é do partido. Até porque ele teve menos de quatro mil votos e, para ser eleito sem proporcionalidade, é preciso 12 mil votos. Nenhum vereador teve votos suficientes para se eleger sozinho. O mandato existe devido à legenda”, reforçou.
Ainda segundo Garcia, o parlamentar só não será prejudicado caso um novo partido seja criado e ele se filie a ele.
“A lei informa que se houver uma nova agremiação, os mandatários de cargos proporcionais podem migrar. É uma condição legal”, ponderou.
Nesse sentido, estariam na mira de Faissal o Partido Ecológico Nacional (PEN) e a Rede Sustentabilidade, que está sendo criado pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Discurso amenizado
Ao MidiaNews, o vereador Faissal Calil rejeitou que sua saída do PSB esteja confirmada. Minimizando o discurso após repercussão na imprensa, o parlamentar afirmou que todo partido é “complicado” e que avaliações a respeito de possíveis mudanças sempre são feitas.
“Avaliar a gente avalia a todo momento. Todo partido é complicado e não é bem uma insatisfação que tenho sentido dentro do PSB”, definiu o vereador, que em seguida afirmou não querer mais falar sobre o assunto.
Crise partidária
A insatisfação de Faissal Calil no PSB e sua provável saída da sigla são reflexos das eleições de 2012. À época, o então candidato afirmou que não teve apoio financeiro e estrutural na campanha, prometidos pelo presidente do partido na época, atual prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB).
"O Mauro não me ajudou a construir a candidatura. Ele ficou só na promessa. O Valtenir Pereira [presidente regional do PSB] me ajudou muito mais que o Mauro", disse.
Com as promessas não cumpridas e a eleição da Mesa Diretora da Câmara, uma nova crise se instaurou na sigla.
Ao contrário do que Mendes direcionou – de votar no vereador Adilson Levante (PSB) para presidência – Faissal e Onofre Junior (PSB) votaram na oposição, encabeçada por João Emanuel (PSB).
O fato promoveu uma crise partidária e os dois parlamentares ainda correm o risco de serem punidos pelo PSB. Até o momento não foi apresentada nenhuma definição. Porém, a expulsão da sigla, cogitada na ocasião, já está descartada.
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