HELSON FRANÇA
Da Reportagem
O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), denunciou os empresários Filadelfo dos Reis Dias, 58 anos, e Marcelo Massaru Takahashi, 34, além de outras seis pessoas pelo crime de tentativa de homicídio, ocorrido em abril do ano passado.
Todos tiveram a prisão preventiva decretada na operação batizada de “Tentáculos”. Filadelfo é acusado de ser o responsável por encomendar a morte de seu ex-parceiro nos negócios, Valdinei Mauro de Souza - sócio do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), na administração de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
Conforme o MPE, o crime teria sido motivado por desentendimentos comerciais entre Filadelfo e Valdinei em torno da fazenda Ajuricaba. Localizada na comunidade de Praia Grande, em Várzea Grande, a fazenda seria uma possível “mina de ouro”, devido a um elevado potencial aurífero.
Consta na denúncia do MPE que o sócio de Mauro Mendes e o amigo Wanderley Fachetti Torres escaparam de uma emboscada devido à blindagem do veículo de Valdinei.
No dia 12 de abril do ano passado, durante uma visita à fazenda, eles foram recebidos a balas por um grupo fortemente armado, formado por seis pessoas. Os empresários se negaram a descer do veículo, que foi alvejado por 23 disparos, e fugiram.
Segundo o MPE, o caso foi inicialmente investigado como tentativa de latrocínio. No entanto, no decorrer das investigações, o delegado de Polícia Carlos Américo Marchi – que teria, inclusive, sofrido ameaças -, constatou que se tratava de tentativa de homicídio.
Segundo a denúncia, Filadelfo e Marcelo teriam contratado para executarem o crime os denunciados: João Paulo Pereira, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior, André de Souza Neves – que fugiu da Penitenciária Central do Estado (PCE) na semana passada. Até o fechamento desta matéria nenhum deles havia sido preso.
Neste domingo(24) Filadelfo e Marcelo chegaram a ser presos, mas, por meio de uma decisão do Tribunal de Justiça, atendendo aos habeas corpus protocolados pelas defesas dos denunciados, foram soltos ainda ontem.
Um dos advogados de Filadelfo, Huendel Rolim Wender, considerou as acusações contra o seu cliente como “totalmente infundadas e desprovidas de veracidade”. Ele classificou como idiotice as afirmações de que Filadelfo seria uma espécie de “novo João Arcanjo Ribeiro” do Estado. “Isso é querer jogar a opinião pública contra o meu cliente”, disse.
A defesa de Marcelo, representada pelo advogado Eduardo Mahon, por meio de nota, enfatizou que o empresário colaborou com as investigações das autoridades, comparecendo espontaneamente à delegacia para prestar depoimento e colocando à disposição da Justiça outras testemunhas.
“Parece não ter sido suficiente. A inclinação pelo escândalo público motiva operações que, não raras vezes, são anuladas rapidamente por absoluta carência de provas”, consta na nota.
http://www.mp.mt.gov.br/conteudo.php?cid=61141&sid=44






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