Cuiabá:Vereadores querem reunião com secretário de segurança para tratar de ação truculenta da PM

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A sessão da Câmara Municipal de Cuiabá foi marcada por declarações de vereadores indignados com a ação truculenta da polícia militar ocorrida no final da tarde desta quarta-feira (06), em protesto realizado por estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso. Os parlamentares exigem reunião com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, para que explique o que houve no desempenho desastroso e anuncie quais providências serão tomadas contra esses policiais da Rotam.
“Precisamos formar uma comissão de vereadores e a mostrar a nossa indignação. Vamos conversar com governador, porque o mal precisa ser cortado pela raiz. Nunca tinha visto coisa igual envolvendo estudantes e policiais”, disse Lueci Ramos, que foi quem propôs a visita ao secretário Alexandre Bustamante.
“Não posso assinar embaixo de atos truculentos. A polícia é constituída em sua maioria absoluta por homens bem intencionados, mas erros como o de ontem devem ser combatidos para não manchar a instituição. É preciso de o Bustamante tome providências. O que vimos não é papel da polícia. Lá na UFMT foi usada força extrema contra os alunos”, disse o vereador Toninho de Souza (PSD).
O vereador Allan Kardec (PT) afirmou que vai encaminhar nota de repúdio do governo do estado em virtude do episódio. O petista acompanhou toda a situação ocorrida no final da tarde de ontem, na UFMT. Um grupo de estudantes protestava na Avenida Fernando Correa da Costa contra medida da reitoria que visa fechar 5 casas do estudante. O protesto era pacífico, no entanto os alunos trancaram a passagem de veículos na avenida. Em virtude disso a polícia foi acionada.
Pelo menos 10 estudantes foram feridos com balas de borracha. A estudante Bruna Matos teve o osso da mão quebrado por conta de um dos disparos. Tiros a queima-roupa também foi dados pelos policiais.
Os líderes estudantis foram encaminhados para o Cisc Planalto, onde permaneceram detidos. Os advogados da Adufmat, Ioni Ferreira Castro e Marco Antônio Magalhães, ainda foram impedidos de trabalhar e também foram presos. A alegação foi a de que eles teriam cometido desacato à autoridade.
“Foi cometido um excesso covarde, mortal. A ditadura acabou há muito tempo. Infelizmente alguns policiais usam a farda pra colocar pra fora o neonazismo que tem no coração deles. O que aconteceu é de chorar. Quero registrar minha indignação. Sou estudante universitário, faço parte do movimento, estou indignado. Esses covardes da Rotam não merecem vestir a farda. Eles têm que ser presos”.
“Os advogados foram cerceados, não entraram no recinto onde estavam os estudantes, não puderam trabalhar. Não vamos admitir que nossa classe seja vilipendiada por nenhum tipo de instituição. Estão cerceando o direito do advogado trabalhar, não estamos mais vivendo no estado democrático de direito”, argumentou o presidente da Câmara Municipal, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), que é advogado. Ele afirmou que vai se juntar à Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso, para que alguma medida seja tomada à respeito desse episódio.
“Não podemos tolerar esse despreparo”, afirmou o vereador Mário Nadaf (PV). Já Onofre Júnior (PSB) declarou que a Rotam não é a melhor “polícia para tratar de conflitos sociais”.
O vereador Toninho de Souza defendeu que seja aberto Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar os responsáveis pela ação desastrosa. “Providências devem ser tomadas imediatamente. Quem errou tem que pagar pelo seu erro. É preciso punir quem fez essa barbaridade. Os estudantes estavam errados, mas não mereciam bala”.
Assista aqui ao vídeo da ação truculenta dos policiais:

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