Criança de 6 anos morta em Barra do Piraí, RJ, é enterrada


Velório de João Felipe ocorreu no Cemitério Recanto da Paz, no Centro.
Avó do garoto saiu do local amparada por outros familiares.

Cristiane CardosoDo G1 Rio, em Barra do Piraí*
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Avó de João Felipe é amparada durante velório (Foto: Cristiane Cardoso/ G1)Avó de João Felipe é amparada durante velório (Foto: Cristiane Cardoso/ G1)
Manicure Susana do Carmo é acusada de matar criança de 6 anos em Barra do Piraí (Foto: Reprodução / TV Rio Sul)Manicure Susana apresentou 5 versões para o
crime, diz polícia  (Foto: Reprodução / TV Rio Sul)
O corpo do garoto João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, morto emBarra do Piraí, no Sul Fluminense, pela manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, foi enterrado no Cemitério Recanto da Paz, no Centro da cidade, na manhã desta terça-feira (26). O corpo do menino foi encontrado dentro de uma mala, na noite de segunda (25), na casa da manicure, que era conhecida da família. Ela foi presa em flagrante e indiciada por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver.
O clima no enterro nesta manhã era de muita revolta e indignação. A avó materna de João Felipe, identificada apenas como Tereza, saiu do local amparada por outros familiares. Inconsolável, ela chorava muito e gritava "por que meu Deus?".
Muito abalada, a mãe do menino, Aline Bichara, era consolada por parentes e amigos na saída do cemitério. “Ela destruiu ele”, gritava.
Às 13h, haverá uma passeata na Praça Pedro Cunha, também no Centro de Barra do Piraí.
Cinco versões
A manicure apresentou cinco versões para o crime, segundo a polícia. Entre elas, a de que pediria resgate para pagar uma dívida do irmão com traficantes. Disse também que teria um caso amoroso com o pai da criança.
Em entrevista à TV Rio Sul, afiliada da TV Globo, a manicure, de 22 anos, afirmou não ter agido sozinha. "Não fiz isso sozinha", disse, após ter sido presa em flagrante na casa onde morava, onde estava a mala.
Há dois anos, Suzana frequentava a casa da família da vítima como manicure. Segundo a polícia, por volta de 14h30 da tarde de segunda, ela ligou para o Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira, onde o menino estudava. Se fazendo passar pela mãe da criança, teria dito que a babá se enganou ao levá-lo para a escola porque ele precisava ir ao médico e pediu que João Felipe fosse colocado em um táxi. Pouco depois, o corpo da criança foi encontrado em uma mala dentro da casa da acusada.
De acordo com a polícia, Suzana teria levado a menino para o Hotel São Luiz, no Centro, e o asfixiado. As investigações só foram iniciadas, depois que a mãe de João Felipe foi à escola buscá-lo no fim da tarde. Para não gerar suspeita, Suzana chamou um outro taxista para levá-la em casa. Só que como durante o trajeto, o menino não abriu os olhos, nem se mexeu, o taxista achou estranho e chamou polícia.

Investigação
A mala encontrada, bem como toalhas, que teriam sido usadas para asfixiar a criança, foram encaminhadas para a perícia. A suspeita prestou depoimento e as investigações vão continuar. Para a polícia, o motivo do crime foi vingança.
"Não tem uma lógica matar uma criança de 6 anos de idade, a não ser atingir seus pais. Não tem motivo para rasgar roupa do morto, cortar e jorgar no lixo. E, além disso, como se não bastasse, ainda ocultou o cadáver dentro de uma mala. Isso é inadmissível. Portanto, as penas aí somadas, com certeza passam de 30 anos", disse o delegado José Mário Salomão Romena.

A família da criança, que é dona de uma imobiliária na região, usou a página do Facebook para pedir informações sobre João Felipe enquanto ele estava desaparecido. Após a morte ser confirmada, uma foto ilustrando o luto dos parentes foi colocada na página. Muito abalada, a família não quis dar entrevista.
* Colaborou a TV Rio Sul
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