Romilson Dourado
Clovito diz não ter assinado qualquer documento à Alos e agora fica desmoralizado O ex-primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal, vereador Clovis Hugueney Neto, o Clovito (PTB), assinou ao menos uma ordem bancária para pagamento de R$ 167,1 mil à Alos Construtora Ltda, empreiteira que realizou a obra superfaturada de reforma do Legislativo cuiabano.
Documento obtido pelo RDNews traz a assinatura do parlamentar, com data de 6 de abril de 2010, o que desmente Clovito. Em duas sessões ordinárias seguidas da Câmara, uma no dia 7 e outra nesta terça (12), o vereador foi à tribuna para desafiar qualquer pessoa, especialmente o portal, que divulgou a matéria sob título "Deucimar quer incluir Clovito e Washington no superfaturamento", a mostrar qualquer documento que tivesse sua assinatura, ordenando pagamento à construtora.
A ordem bancária avalizada pelo petebista o deixa desmoralizado publicamente e, de quebra, o põe sob risco de responder como co-responsável pelo sobrepreço pago à empresa, assim como o ex-presidente Deucimar Silva, que já está com os bens bloqueados em até R$ 3,4 milhões deste o ano passado. Como não quer ser punido sozinho, já que os então primeiro e secretário-secretários assinaram documentos autorizando pagamento pela obra superfaturada, Deucimar ingressou com petição na Justiça, com chamamento ao processo de Clovito e do ex-vereador, pastor Washington Barbosa, que era o segundo-secretário.
Deucimar foi presidente de 2009 a 2010. Na época, a Mesa tinha ainda como integrantes Adevair Cabral (primeiro-vice-presidente), Everton Pop (segundo-vice-presidente) e Clovito e Washington como primeiro e segundo-secretários e ordenadores de despesas. Pelo Regimento Interno, todo e qualquer pagamento precisa ter assinatura do presidente e de um dos ordenadores de despesas. A maioria das ordens de pagamento partiu de Deucimar e de Washington. A obra de reforma do prédio da Câmara custou R$ 3,2 milhões. O Ministério Público, ao ser acionado por meio de denúncia, acabou detectando que houve superfaturamento.
Em meio aos embates jurídicos, o juiz Luiz Aparecido Bertolucci, da Vara Especializada Cível e Ação Popular, determinou o bloqueio de bens não só de Deucimar, mas também do engenheiro civil Carlos Ancelmo, da servidora Sinaira Marcondes, da construtora Alos e do empreiteiro Alexandre Simplício. Agora, por causa do chamamento ao processo, há possibilidade de Clovito e Washington também serem responsabilizados. Eles serão intimados na próxima semana para se explicar perante a Justiça - saiba mais aqui.
Reprodução da ordem bancária, com assinatura de Clovito de R$ 167,1 mil para a Alos, da obra superfaturada, o que desmente o parlamentar
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