Aeroporto de Manaus: rota de tráfico de mulheres

Constatação é da Pesquisa Sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual, da Universidade Nacional de Brasília; segundo o levantamento, adultas e adolescentes eram levadas para países como Guiana Francesa, Holanda e Suriname pelo terminal; região Norte é a que apresenta o maior número (76) de rotas do tráfico

AM247 " O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, localizado no bairro de Tarumã, zona oeste de Manaus, era usado como rota para o tráfico de mulheres. É o que constata a Pesquisa Sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual, realizada pela Universidade Nacional de Brasília (UNB). De acordo com o levantamento, adultas e adolescentes eram levadas para países como Guiana Francesa, Holanda e Suriname. Ficou constatado, também, que a Região Norte é a que apresenta o maior número de rotas do tráfico, sendo 76 " 31 internacionais, 36 estaduais e nove intermunicipais.

Na próxima quarta feira (6), a Câmara Municipal de Manaus, por meio da Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher, presidida pela vereadora Jacqueline (PPS), realizará uma audiência pública para discutir o tráfico de mulheres no Estado. Segundo a parlamentar, o objetivo é reunir órgãos ligados à proteção da mulher e discutir alternativas para driblar o tráfico.

"O problema é silencioso, mas tem afetado famílias em Manaus. Assim como existem olheiros para selecionar jogadores de futebol, existem também para selecionar mulheres para o tráfico humano em Manaus", declarou a parlamentar, de acordo com o jornal A Crítica. Estarão na audiências representantes da polícias Federal e Civil, das Secretarias Estaduais de Segurança Pública (SSP-AM) e de Assistência Social (Seas), da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), entre outros.

Segundo a reportagem, a ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as mulheres, Eleonora Menicucci, falou sobre a importância de discutir medidas para acabar com o tráfico. "A primeira coisa a fazer é denunciar e não ter medo. Ser traficada, ser violentada, não é vergonha para ninguém. Podem ter certeza, o governo brasileiro está do lado das mulheres e vítimas. O governo não aceita mais conviver com o tráfico", acrescentou.

Brasil 247