
Da Redação
A renúncia de um vice não é novidade, ainda mais em Cuiabá, já que em 1997 quando da posse do então prefeito eleito no 1º turno, Roberto França Auad (PTB), seu vice, o então deputado Roberto Nunes (PSDB), também desistiu de assumir, o que automaticamente leva à renúncia da função, já que a Constituição Federal veda o acúmulo de dois cargos eletivos.
Mas os problemas apenas começam com a renúncia de João Malheiros, pois o sucessor natural e legal do prefeito Mauro Mendes (PSB) passa a ser o presidente da Câmara de Cuiabá, ou seja, quem for eleito para o próximo biênio será o sucessor do prefeito. Nos dois últimos biênios (2015/2016) havendo troca no comando do Legislativo Municipal, troca-se também o sucessor de Mauro Mendes, o que de certa forma provoca instabilidade na relação entre poderes.
O fato de haver uma lacuna para a administração municipal não deverá trazer maiores transtornos para o prefeito eleito, até pelo fato da população pouco vislumbrar as atividades de um vice, a não ser quando ele ocupa um cargo de destaque, ou na existência da possibilidade do mesmo assumir em definitivo, como aconteceu com o atual prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), eleito vice na chapa encabeçada por Wilson Santos em 2008 quando disputou sua reeleição. No primeiro mandato, Wilson Santos teve como vice Jacy Proença.
A renúncia de João Malheiros deverá aguçar ainda mais a disputa pela presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, que está polarizada entre o atual presidente, Júlio Pinheiro (PTB), e o vereador novato João Emanuel (PSD).