- Ale Silva/Futura Press
Salva-vidas e civis ajudaram no resgate dos tripulantes e dos banhistas que estavam se afogando no momento em que o helicóptero do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro caiu no mar da praia de Copacabana, zona sul da capital fluminense, na tarde deste sábado (29). Segundo um turista inglês que estava no local no momento do acidente, a reação geral foi de histeria.
De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, quatro militares estavam no helicóptero e todos foram resgatados sem ferimentos graves. Apenas um deles sofreu um leve corte no joelho. As causas da queda serão apuradas.
O salvamento foi feito imediatamente após a queda do helicóptero. O turista inglês Benjamin Pasha, 33, que é DJ e está passando as férias no Rio, estava sentado na praia e presenciou todos os momentos do acidente. "Eu estava olhando o helicóptero e vi que ele fez um salvamento antes do acidente. Então ele fez uma curva brusca. Eu até pensei que o piloto estava se exibindo, mas o vento estava muito forte na hora. O helicóptero então começou a despencar e caiu na água, bem perto de onde estavam os banhistas que estavam se afogando. Por pouco não aconteceu uma tragédia", descreveu Benjamin.
A reação de quem estava na praia no momento, segundo o inglês, foi de histeria. "Assim que as hélices do helicóptero começaram a bater na água, todo mundo saiu bem rápido do mar. Foi uma correria grande", disse.
Uma das pessoas que entrou na água --bastante agitada-- para ajudar no salvamento foi o comerciante Valney Conceição, 38, que tem uma barraca na praia de Copacabana. "Eu geralmente ajudo os salva-vidas quando os afogamentos acontecem aqui na frente da barraca, mas hoje o mar estava muito revolto. Só que quando eu vi que o helicóptero caiu, saí correndo para ajudar no resgate. Ajudei a trazer um banhista que estava se afogando e o tripulante que ficou com a perna direita machucada", contou Valney. O comerciante foi elogiado por clientes e colegas por se arriscar no resgate.
Acidente
Os ocupantes da aeronave foram levados, inicialmente, para o Hospital Municipal Miguel Couto, e depois transportados ao Hospital do Corpo de Bombeiros. O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ronaldo de Alcântara, confirmou que os tripulantes sofreram apenas ferimentos leves e passam bem.
O subcomandante-geral descartou que tenha havido imperícia do piloto no acidente. Segundo ele, houve um sinal de alarme no painel da aeronave, indicando perda de rotação. Com isso, o piloto realizou procedimento de aterrissagem forçada.
A previsão do Corpo de Bombeiros é que o helicóptero --que está submerso-- seja retirado da água ainda hoje e levado para o Grupamento Marítimo dos Bombeiros de Botafogo. O modelo da aeronave é Esquilo biturbo.
Lanchas do 3º GMar (Grupamento Marítimo), responsável pela área de Copacabana, foram enviadas ao local para dar socorro aos tripulantes que estavam no helicóptero no momento do acidente. A aeronave caiu nas proximidades do Posto 4. O helicóptero resgatava um banhista devido às fortes ondas do local.
O Estado do Rio, que tinha três helicópteros da corporação, passa a contar com apenas dois para atender a toda a orla da zona sul e demais operações de salvamento. Só hoje, foram realizados 150 salvamentos nas praias da zona sul.
