Polícia Civil encerra investigação e prende pai suspeito de abuso sexual, em Porto Ferreira


A violência sexual teria durado dez anos, segundo familiares.

O delegado titular de Polícia Civil de Porto Ferreira, Dr. Eduardo Henrique Palmeira Campos, deu como encerrada a investigação de um crime sexual no município envolvendo um pai que abusava da própria filha e prendeu o acusado em Santa Rita do Passa Quatro.
Após uma denúncia de parentes da vítima, uma equipe de investigadores passou a colher provas que poderiam indiciar o agressor. Na abertura do inquérito, Dr. Eduardo Campo considerou que um homem molestava sexualmente da filha de 15 anos.

A família disse ao delegado em depoimento que a mãe só tomou conhecimento dos abusos no mesmo dia que compareceu com a filha à Delegacia Sede, pois a adolescente havia confidenciado a uma amiga sobre as atos do pai. A mãe procurou auxílio com outras pessoas que a orientaram a procurar a polícia.
“Esse é o procedimento correto nesses casos”, afirmou o delegado que fez pessoalmente a diligência até Santa Rita do Passa Quatro a fim de cumprir um mandato de prisão temporária expedido pela Justiça. “Ele foi interrogado e acabou confessando o crime”.
A Polícia Judiciária apurou também que os abusos ocorriam desde que a adolescente tinha cinco anos de idade. “Pela gravidade dos fatos e materializado o delito representei junto ao Juiz de Direito para a prisão imediata do pai”, disse Campos. O homem cujo nome não foi divulgado pela polícia foi recolhido para a Cadeia Pública de Serra Azul.
Dr. Eduardo Campos orienta a população sobre a importância da denúncia da família nos casos, que são graves e que acontecem dentro do ambiente familiar. Segundo ele, as vítimas ou os familiares devem procurar a polícia ou o Conselho Tutelar porque esse tipo de crime compromete o desenvolvimento psicológico mental da pessoa abusada.
“Muitas pessoas não denunciam por medo, mas hoje há vários instrumentos legais, como a própria lei Maria da Penha que garante o afastamento da pessoa do lar conjugal e várias outras medidas legais que podem ser tomadas a fim de preservar a pessoa e a investigação para que flua normalmente”, afirmou a autoridade de Polícia Judiciária.
O delegado lembrou que para denúncias de crimes de abuso e violência sexual os cidadãos podem utilizar o número de telefone 181 ou procurar diretamente a Delegacia de Polícia mais próxima onde a pessoa resida.

Fonte: Jornal do Porto