A 27 dias de deixar o cargo, o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), declarou estar fora de qualquer articulação política. Nem mesmo para a eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, onde poderia ajudar na reeleição do vereador Júlio Pinheiro (PTB), o prefeito diz estar participando.
"Tenho uma torcida muito grande pelo Júlio porque ele é do meu partido. Mas não posso nem pedir votos porque a decisão são dos vereadores", colocou o prefeito em entrevista a Rádio CBN (AM 590). Ele descartou pressão sobre qualquer um dos parlamentares eleitos pelo PTB, que são, além de Júlio Pinheiro, os parlamentares Dilemário Alencar, Clovito Hugueney e Leonardo de Oliveira.
Na entrevista, o prefeito afirmou que sua relação com o legislativo municipal vai até o dia 31 de dezembro quando acaba seu mandato. "Quero agradecer a atual legislatura porque os vereadores foram nossos parceiros. Aprovando ou rejeitando nossos projetos, eles colaboraram com a gestão", frisou.
Sobre seu futuro político, o petebista anunciou que uma decisão sairá apenas no mês de março de 2013. Ele disse que as possibilidades são uma disputa a Assembleia Legislativa ou a Câmara Federal. "Preciso deste prazo para analisar e posso até deixar a vida pública", assinalou.
Herança
Galindo voltou a destacar que deixará uma prefeitura em melhores condições de quando recebeu. Todavia, ele citou que o Executivo tem uma dívida de cerca de R$ 500 milhões. "Essas dívidas são de anos e gestões anteriores. De 2012 não tem um real de dívida", destacou.
Ele ainda pontuou que o empresário Mauro Mendes (PSB), que assume o cargo em 1° de janeiro, terá recursos para investimentos e projetos para grandes obras em andamento. Segundo o prefeito, somente para a Saúde Pública serão R$ 100 milhões a mais que neste ano. Para o programa Poeira Zero, existem projetos no Governo Federal, que podem assegurar recursos para asfaltar 75% das ruas e avenidas da capital.