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Para conseguirem uma vaga na Câmara Municipal, candidatos a vereadores de Cuiabá doaram mais do que possuem em patrimônio ou boa parte dele. Dos 25 vereadores eleitos, três fizeram doações para suas campanhas eleitorais, embora tenham declarado à Justiça Eleitoral não possuir nenhum bem.
O caso mais notório envolve João Emanuel Moreira (PSD), o vereador eleito mais votado. À Justiça Eleitoral, ele declarou não possuir nenhum bem. Porém, doou R$ 30 mil dos R$ 389,7 mil arrecadados durante o período.
Adilson Levante (PSB) e Onofre Júnior (PSB) também fizeram doações para suas campanhas mesmo sem possuir nenhum patrimônio. Ambos desembolsaram R$ 2 mil para contribuir com as despesas registradas durante o pleito.
Domingos Sávio (PMDB) doou 89,2% dos bens que possui para sua campanha eleitoral. Ele tirou R$ 25 mil de sua conta bancária, enquanto seu patrimônio total está orçado em R$ 28 mil.
Presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva (PT) também se desfez de boa parte do que possui para conseguir se eleger. Dos R$ 92,8 mil que declarou dispor, R$ 41 mil foram investidos na campanha eleitoral, montante que representa 44,1%.
O médico Ricardo Saad (PSDB) investiu R$ 17 mil no pleito, que representa 48,5% dos R$ 35 mil que declarou possuir. Já Juca do Guaraná Filho (PTdoB) abriu mão de 16,9% do que dispõe, doando para si mesmo R$ 52 mil.
Na sequência dos que investiram maior percentual do que possuem, estão Toninho de Souza (PSD), Wilson Kero Kero (PRP), Dilemário Alencar (PTB) e Professor Allan (PT). As doações feitas em benefício próprio representam 13,3%, 12,1%, 11,4% e 10% de seus patrimônios, respectivamente.
Quem menos “empobreceu” após o pleito foi Haroldo da Açofer (PMDB). Ele investiu R$ 3,5 mil em sua campanha, o que representa apenas 0,07% dos R$ 4,9 milhões de que dispõe.





