Os vereadores eleitos por Cuiabá, aissal Calil (PSB) e Lídio Barbosa, o “Juca do Guaraná Filho” (PT do B), são alvo de ações do MP (Ministério Público) e podem vir a perder o mandato em decorrência das mesmas.
Na segunda feira passada (26), conforme matéria do Mídia News, Faissal foi acusado de uso da máquina pública, juntamente com Ruy Pinheiro de Araújo, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
Ambos teriam utilizado bens móveis do conselho para promoção eleitoral, segundo o MP e como o Creci é uma autarquia, o uso indevido da entidade se enquadra nos crimes eleitorais.
Conforme a ação, no decorrer da campanha, o presidente do Creci teria enviado e-mail institucional aos funcionários da autarquia para garantir apoio ao candidato, que se eleito, seria o representante político do conselho. No entender do promotor eleitoral Antonio Sérgio Cordeiro Piedade, “Ao usarem em benefício próprio bens móveis pertencentes à administração indireta, os representados violaram o disposto no artigo 73, inciso I, da Lei 9.504/1997”.
Se a representação for julgada procedente, Faissal poderá ser multado, sendo que pode haver também a cassação de seu registro ou diploma. O presidente do Creci, por sua vez, poderá apenas ser multado.
O outro lado
Em nota, Faissal informou que ainda não foi notificado sobre a ação. Disse também não ter conhecimento sobre o e-mail supostamente enviado pelo presidente do Creci. O vereador eleito destacou ainda que devido a sua campanha ter mais de 100 apoiadores, fica muito difícil saber como cada um procedeu, “é praticamente impossível controlar e saber a maneira que cada um deles está pedindo voto”, disse ele.
Por sua vez, Ruy Pinheiro disse que apoiou “pessoalmente” a candidatura de Faissal, sendo que redigiu uma carta aberta aos corretores de imóveis de Cuiabá demonstrando tal apoio. O texto teria sido enviado à assessoria do candidato, que o repassou aos profissionais do setor, “sem nenhum uso das estruturas do Creci-MT”. Ruy disse ainda que em outras ocasiões já fez reuniões com outros políticos, sem que o Creci fosse utilizado para práticas político-partidárias e citou nomes como Sérgio Ricardo (hoje conselheiro do TCE), Pedro Henry (PP), Mauro Mendes (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB).
Juca do Guaraná
Contra o vereador Juca do Guaraná, pesa uma ação por suspeita de compra de votos, que teve início no mês de outubro. Consta na ação que no dia da eleição, o irmão do vereador, Luis Barbosa foi preso em flagrante por compra de votos.
Na ocasião, vários eleitores teria procurado um soldado da Polícia Militar e relatado que uma pessoa estava tentando comprar votos para um candidato ao preço de R$ 30. O fato se deu na Escola Gastão Muller, bairro Pedra 90.
À PF (Polícia Federal), o acusado afirmou que o dinheiro seria para o pagamento de uma pensão e não para a compra de votos, sendo que o valor apreendido com ele seria proveniente de seu salário.
Da Redação
Dois vereadores eleitos de Cuiabá são alvo de ações do MP
dezembro 05, 2012
Politica





