PROJETO "LÁ EM CASA QUEM MANDA É O RESPEITO" SE APRESENTA EM PENITENCIÁRIA


 

Em mais uma das etapas do projeto “Lá em casa quem manda é o respeito”, realizou-se, no período matutino do dia 25 de julho de 2011, no Centro de Ressocialização de Cuiabá/MT, palestra proferida pela Promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, titular da 15ª Promotoria Criminal e Coodenadora das Promotorias Especializadas no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá/MT.
Esta fase contou com a participação de aproximadamente 80 (oitenta) presos, dentre provisórios e condenados, além do apoio do setor Administrativo e da Assessoria Jurídica das Promotorias de Combate à Violência Doméstica desta Capital, bem como da Equipe Multidisciplinar composta pela psicóloga Simone Machado de Souza e duas assistentes sociais, Malvineide de Miranda Freitas e Ana Carolina de Paiva Costa Barros Rezende.
Inicialmente Lindinalva salientou a importância e o objetivo do projeto “Lá em casa quem manda é o respeito”, para que os presos pudessem compreender a finalidade da participação deles nos atendimentos realizados pela equipe multidisciplinar e nas palestras proferidas mensalmente.
A Promotora ressaltou que as diferenças biológicas encontradas entre homens e mulheres não são obstáculos para a igualdade de direitos, pois todos devem ser tratados de forma igualitária, sem qualquer discriminação no seio da sociedade. "Os estigmas pregados na antiguidade, como o de que o homem sempre tem que ser o mais forte, o melhor, não pode nunca chorar ou ter medo, não condizem com a realidade enfrentada na sociedade moderna, devendo todos terem a consciência de que as leis devem ser obedecidas sob pena de interferência por parte de Estado para a pacificação social."
A palestrante enfatizou que esse é o escopo da Lei Maria da Penha, ou seja, equilibrar as desigualdades existentes entre homens e mulheres, para extirpar a ideia primata da inferioridade feminina e alertou os detentos de que o lar deve ser entendido como um local de aconchego, paz, união familiar e não um cenário de práticas delitivas, que culminam em dor e sofrimento não só para sua companheira que sofre as agressões, mas também deles próprios que acabam sendo presos, sem contar os filhos que são criados sem a presença paterna e ao lado de violências de todo gênero.
L.G.S., reeducando do Centro de Ressocialização desta Capital, preso pela acusação da prática do delito de homicídio, na sua forma tentada, em face da sua companheira, afirmou :" a palestra ofertada pela Promotora de Justiça foi muito importante para o seu esclarecimento sobre a Lei Maria da Penha, pois conforme dito o lar deve ser um local para a convivência harmônica entre todos da família e não para agressões. Disse ainda que está arrependido das suas atitudes e que com a orientação que está recebendo tornou-se uma pessoa mais calma e pacífica".
http://www.lindinalvarodrigues.com.br/materias.php?id=1821&subcategoriaId=9

Já o reeducando F.B.S., preso pela prática dos crimes de lesões corporais qualificado pela relação doméstica e falsidade documental, disse estar satisfeito com o trabalho realizado pela Promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues , "pois tem alertado a todos os detentos sobre a efetividade da aplicação da Lei Maria da Penha nesta Capital. Além disso, ressaltou que atualmente entende que não pode agir de forma violenta com sua companheira e que quando sair da cadeia irá tratá-la como todas as mulheres devem ser, com respeito e carinho".

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