GREVE | 03/08/2011 - 15:34

Percival critica falta de negociação, mas some de reunião sobre o tema

Laura Nabuco

     Enquanto boa parte dos deputados está reunida com o governador Silval Barbosa (PMDB) para debater uma solução para as greves dos servidores da secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema), Detran e Polícia Civil, Percival Muniz (PPS) critica a postura do governo em relação aos manifestantes em sua conta no Twitter. "Tem que dialogar. Não é possível que nós vamos ficar parados por falta de entendimento", reclama.

     As reclamações de Percival são uma referência às afirmações de Silval de que não negociará com nenhuma categoria que estiver com as atividades paralisadas. O deputado sustenta que o problema só será resolvido se todos forem chamados para um debate. O curioso é que ele próprio não participa da reunião convocada pelo presidente da Assembleia, José Riva (PP), com o governador.

     O encontro está sendo realizado nesta quarta (3), na sede do Paiaguás. A reunião foi proposta durante a sessão plenária desta terça (2), a primeira após o recesso parlamentar. Na ocasião, Riva informou que suspenderia os trabalhos do dia seguinte para que todos os deputado pudessem se encontrar com Silval.

     Na manhã desta quarta, o governador solicitou que a audiência fosse realizada somente após ele se inteirar da situação dos servidores com o presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia, e os secretários estaduais de Meio Ambiente, Alexander Maia, e de Administração, Cezar Zilio. Parcival, no entanto, não ficou sabendo dessa movimentação, visto que ainda não apareceu no Legislativo desde que os trabalhos foram retomados.

Silval pede relatório à SAD e adia a reunião com os parlamentares

     No Twitter, o deputado afirma que conversou com policiais civis de Rondonópolis, cidade onde tem base eleitoral, sobre os motivos da greve. Ele ainda ressalta que vem há algum tempo alertando o Governo sobre a necessidade de debater a políticasalarial de todas as classes de servidores públicos. "O que o Governo pode fazer agora, já que alega ter uma limitação orçamentária, é sentar e negociar para ver o que pode ser feito depois", avalia.