As marcas da Câmara Municipal II

As marcas da Câmara Municipal II

Dejair Soares

   Fábio da uma olhada para Rafael, baixa a cabeça, e solta o verbo: "Puts! Não aguento mais ver tantas brigas nesta Câmara. Não resolvem absolutamente nada e ainda por cima custa caro aos cofres públicos. Aliás, nosso suado dinheirinho e o que mais me intriga é saber que o presidente viajou no dia em que a Câmara foi assaltada. É... tem razão, Fábio. Ele defende que a Delegacia Fazendária e o Ministério Público deveriam entrar e apurar os fatos que vêm ocorrendo dentro da Câmara Municipal, ainda que tudo termine em pizza.
   Concordo com ele, mas já que vão torrar nosso dinheiro novamente com outra auditoria, deveriam pelo menos punir severamente esses maus carateres, arrematou Ricardo. Calma gente: os vereadores foram eleitos para defender o direito do povo, mas como o município é muito grande, eles têm dificuldades em criar projetos, leis e fiscalizar o Executivo, pois a carga de trabalho é exaustiva, enfatizou Fernando.
     Isso não justifica. Então para que serve ter uma Câmara, questionou Rafael. E assim, prosseguiram durante algum tempo, alternando perguntas e respostas com grande entusiasmo. Sentados estavam o Luiz, calado e observando o bate-boca dos amigos. Não era de interromper qualquer debate. E você Luiz, qual é a sua opinião, perguntei!: Bem, nesse assalto da Câmara eu incluo o contribuinte, que me lembra da história do rato gordo e do gato faminto. Como assim, o que tem a ver?, perguntaram juntos Fábio e Fernando.
     Bom, nossa história acontece no antigo prédio no Campo Durique. Lá moravam várias personalidades que tinham como único passatempo alimentar um rato gordo. Ali também morava um inquilino que, além de não pagar aluguel, era de fato indesejável por ser inimigo do rato gordo. O gato faminto, como todos os seres, necessita se alimentar. Sendo assim, louco de fome, partiu à procura de comida. Sabia que sua vida estava em risco e, mesmo assim, resolveu correr o risco do rato gordo pegá-lo. O gato faminto foi pego e tomou uma surra do rato gordo. Interessante, mas o que essa história tem a ver com o assalto da Câmara?, perguntou Fábio! Eu acho, Luiz, que o rato da história simboliza o político e o poder constituído, enquantob o gato simboliza o povo, respondeu Fernando, tentando explicar a história a Fábio. Então, é esse mesmo o significado da história, perguntou Ricardo ao Luiz. Exatamente, respondeu.
   As personalidades com suas gordas contas bancárias são simbolizadas pelo rato gordo. O povo esta simbolizado pelo gato faminto na história, passando de brinquedo na mão dessas personalidades, com a falta de serviços públicos, como saúde, saneamento básico e infraestrutura, etc. Quando cansam da brincadeira de rato e gato com o povo, eles, já empanturrados com o dinheiro dos cofres públicos, saem de cena.
   Então, nesse caso nossa única esperança é de um dia soltarmos os cachorros em cima deles!, ponderou Fernando. Luiz!...Moral da história: Tem que se produzir fatos e culpados para que os grupos de personalidades lutem entre si. Assim terão meios de se justificar os gastos da casa, para que se mantenha o rato gordo.

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