Você sabe o que é dignidade menstrual?
Todas as pessoas que menstruam têm direito à dignidade menstrual, o que significa ter acesso a produtos e condições de higiene adequados.
Em poucos meses, muitas mudanças podem acontecer no corpo de uma pessoa que menstrua.
A menstruação é um processo natural que ocorre com milhões de pessoas no mundo inteiro, o tempo todo. Ela não precisa ser um motivo para que você deixe de fazer as coisas de que gosta, ou que deixe de ir para a escola.
Seja em casa ou na escola, viver a menstruação com acesso a informações e aos produtos necessários, como absorventes, é muito importante e um direito de toda pessoa que menstrua, inclusive em meio à pandemia da covid-19.
Em enquete realizada pelo UNICEF com pessoas que menstruam, 62% afirmaram que já deixaram de ir à escola ou a algum outro lugar de que gostam por causa da menstruação, e 73% sentiram constrangimento nesses ambientes.
Menstruei, e agora?
Diversos estados e municípios brasileiros possuem projetos de lei que buscam garantir o acesso de pessoas que menstruam a itens de higiene, como absorventes. Que tal buscar saber se a sua cidade já possui algum projeto?
A menstruação não deve ser motivo de vergonha. Ter um olhar atento às alterações no seu corpo é uma lição para a vida toda. O autoconhecimento protege!
Então aqui vão algumas dicas importantes para a sua saúde menstrual:
Anote todas as informações sobre seu ciclo menstrual: quando começou, quando terminou, como estava a cor e o cheiro da menstruação, se teve cólicas... Crie uma cor ou um símbolo e faça o diário da sua saúde menstrual, como destacado acima. Faça o download do arquivo PDF aqui e imprima sua tabelinha para ser usada durante 12 meses.
O ciclo tem em média 28 dias: são 5-7 dias com sangramento e a ovulação ocorre em torno do 14º dia. O período fértil ocorre entre três dias antes e três dias depois da ovulação, mas tudo isso varia de uma pessoa para a outra. E as características menstruais podem mudar por conta de situações de estresse e sofrimento, como esta que estamos vivendo.
Atenção: há coisas que não podem esperar a pandemia acabar! Você deve procurar um(a) profissional de saúde se observar alterações importantes ou mais duradouras em seu ciclo e/ou fluxo menstrual.
Se aparecer um corrimento de cheiro estranho, uma verruga perto da vagina, dor, desconforto ao urinar, ou qualquer sinal de uma infecção, você deve procurar um(a) profissional de saúde.
Não interrompa seu método anticoncepcional e nem faça sexo sem proteção. Lembre-se, proteção combinada sempre: camisinha + outro método, como a pílula anticoncepcional. Mas, se suspeitar de gravidez ou tiver feito sexo desprotegido, fale com alguém de sua confiança e também procure profissionais da saúde.
Mesmo nos seus momentos mais difíceis, lembre-se de que o que você está sentindo, por mais doloroso que seja, é um instante que vai passar
Você não precisa estar só no meio desta pandemia toda. Saiba que receber apoio, proteção e cuidado também são direitos. Se uma porta não se abrir, existem outras. Pense nos obstáculos que você já enfrentou e conseguiu ultrapassar.
Mas, se a tristeza, o desânimo e a ansiedade apertarem demais, converse com alguém de sua confiança e conte também com o Centro de Valorização da Vida, ligando 188 ou pela internet cvv.org.br, e com o canal de ajuda Pode Falar.
O Pode Falar é um canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para vocês, adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Uma parceria entre o UNICEF e diversas organizações, o Pode Falar foi criado para apoiar e fortalecer quem precisa de ajuda em relação ao bem-estar físico e emocional – principalmente durante a pandemia, né?! Como acessar? Pela internet em www.podefalar.org.br ou pelo WhatsApp em: + 55 61 9660-8843. |
E lembre-se: você é capaz de fazer o que quiser, esteja no seu período menstrual ou não. A menstruação não deve ser motivo para diminuir a sua autoestima e autoconfiança!
Mas, se o desafio for uma situação de violência de qualquer tipo, isso também não pode esperar a pandemia acabar! Canais de ajuda seguem funcionando, para qualquer tipo de violência: agressão física e psicológica, estupro e qualquer forma de violência sexual, ameaça, humilhação...
É possível fazer denúncias no Disque 100 (para violações de direitos) ou pelo Ligue 180 (para violência contra mulheres ou meninas). Os dois canais são gratuitos, anônimos, 24h, inclusive na pandemia. Além de registrar denúncias, o Ligue 180 oferece orientações para vítimas. Se a violência, ameaça ou ofensa ocorreu na internet, você pode contar também com o www.canaldeajuda.org.br
Outro canal de denúncia para violações de direitos contra crianças e adolescentes é o Conselho Tutelar. Identifique o Conselho mais próximo, veja como está funcionando, e salve o contato no seu celular. O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do seu bairro também são referências importantes. Porém, quando uma violência estiver ocorrendo, é o caso de chamar a Polícia Militar, discando 190 pelo telefone.
Se estiver com dificuldades para ter acesso a seus direitos, informe-se no Ministério Público ou na Defensoria Pública (é possível achar os contatos pela internet).
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