“CPI ENGAVETADA” Dilemário diz que Juca blinda Emanuel e vereadores batem boca

 

Os vereadores Dilemário Alencar e Juca do Guaraná: discussão na Câmara

O presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná (MDB), e o vereador Dilemário Alencar (Podemos) protagonizaram um bate-boca na sessão de terça-feira (15) por conta do não envio ao Ministério Público Estadual do relatório final da CPI dos Medicamentos Vencidos.

 

A CPI pediu o indiciamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), da primeira-dama Márcia Pinheiro, de três empresas e mais 40 pessoas pelos milhares de remédios vencidos encontrados no depósito da Prefeitura de Cuiabá, o que teria causado um prejuízo acima de R$ 26 milhões.

 

Dilemário usou a tribuna do Legislativo para acusar Juca de tentar blindar Emanuel. Para ele, não há justificativa de o relatório da CPI não ter sido enviado ao MPE após quase 60 dias de sua conclusão.

 

“O Regimento Interno diz que tem que encaminhar. Por que o presidente Juca não encaminhou? Ficam as ilações: foi para dar tempo para o prefeito estudar o pormenor dessa apuração antes do MPE? Por que quase 60 dias?”, questionou.

O presidente Juca esta fazendo jogo do Emanuel. Isso nunca aconteceu na história desta casa

 

“Se estavam faltando documentos, não é competência da Procuradoria da Casa ver isso. Quem tem que investigar se está faltando documento ou se a CPI errou é o Ministério Público. O presidente Juca está fazendo jogo do Emanuel. Isso nunca aconteceu na história desta Casa. De um relatório de CPI ficar engavetado por quase 60 dias”, disse.

 

O vereador Marcos Paccola (Cidadania), que era membro da CPI, se disse surpreso ao descobrir pela imprensa que os documentos não tinham sido entregues para análise do MPE.

 

“Por que a CPI não foi encaminhada? Não há qualquer rito regimental que diga que a CPI vai passar por análise da Procuradoria. Nós aprovamos, o plenário aprovou o relatório. Não cabe ao presidente fazer isso. Não quero acreditar que o presidente Juca esteja agindo para blindar uma gestão, principalmente daquela corrupção e atos criminosos que identificamos”, disse.

 

Juca diz que enviou

 

Depois, o presidente da Câmara afirmou que o relatório final não havia sido entregue por faltarem os anexos da investigação. Ele afirmou que havia solicitado ao relator do caso, vereador Marcus Brito Junior (PV), que entregasse os documentos e que isso ainda estava sendo providenciado.

 

Entretanto, disse que para evitar discussões enviou ao Ministério Público o que já tinha em mãos da CPI.

 

Durante a explicação, Juca alfinetou Dilemário. Questionou as razões de o colega não ir primeiro à sala da presidência para saber sobre os trâmites, sendo que foi ao local para solicitar os auxílios transporte (R$ 5 mil), saúde (R$ 1,6 mil) e alimentação (R$ 1,4 mil) aprovados em dezembro passado.

 

Acho que Antonio Fagundes tem inveja do senhor de tão dissimulado, tão ator, que o senhor é. É uma pena.

“Eu gostaria que o vereador Dilemário não fizesse ilações. O senhor, como vereador, tem a prerrogativa de entrar na presidência a hora que quiser. Já entrou lá para tratar dos auxílios, foi o primeiro a pedir o auxílio mesmo tendo votado contra. Peço a hombridade de não jogar para a plateia”, disse.

 

"Respeite esta casa. Já foi enviado. O senhor já é um homem de certa idade. Acho que Antônio Fagundes tem inveja do senhor de tão dissimulado, tão ator, que o senhor é. É uma pena. O senhor deveria estar na Rede Globo. Tinha que ser um ator das novelas das oito", ironizou.

 

Neste momento, Dilemário se exaltou e foi até a mesa da presidência gravar um vídeo criticando Juca.

 

Depois, usou novamente a fala para questionar o colega. “O senhor recebeu dia 21 de dezembro os documentos. Foi preciso a imprensa cobrar e eu protocolar um requerimento para você perceber que estavam faltando anexos? Se a imprensa não cobrasse, quando o senhor ia cobrar sobre essa situação?”, questionou.

 

Juca concluiu a discussão ironizando o vereador. “Eu sei que o senhor fugiu da faculdade de Direito, porque tem 20 anos e não formou até agora. Jubilou no curso de Direito, não vem querer dar aula. Não estavam faltando alguns documentos, estavam faltando todos os documentos. O senhor deve ser leigo em Direito, mas eu respeito. O senhor deve ter uma assessoria para te ajudar para não passar vergonha”.

 

Dilemário, na verdade, já está formado em Direito pela Universidade de Cuiabá.

 

Veja o vídeo a partir de 1h23 e depois em 2h01:

 

 

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Fonte: MidiaNews
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