Papa liga para mulher argentina que lhe escreveu sobre estupro


O papa Francisco telefonou a uma mulher argentina para confortá-la e dizer que não está sozinha depois de ela escrever uma carta para ele dizendo ter sido estuprada por um policial.
Francisco trouxe um estilo informal e amigável para o papado desde a sua eleição em março, incluindo o hábito de telefonar para as pessoas que escrevem para ele com histórias pessoais que chamam a sua atenção.
Alejandra Pereyra, de 44 anos, disse à rede de TV argentina Canal 10 que primeiro ela ficou sem reação e teve que pedir a ele para repetir seu nome, mas que se sentiu "tocada pela mão de Deus" ao perceber ser a mais recente pessoa a receber uma chamada pessoal de Francisco.
Em um vídeo da entrevista postado no YouTube, ela disse que o líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo falou durante a conversa de meia hora em 25 de agosto que recebe milhares de cartas todos os dias, mas que a sua história o havia tocado.
Pereyra escreveu em sua carta que se sentiu vítima duas vezes, uma ao ser estuprada e depois ao ser ameaçada e pressionada pelos investigadores ao fazer a denúncia. As autoridades têm rejeitado suas alegações, informou a imprensa local.
Francisco --o ex-cardeal Jorge Bergoglio da Argentina-- disse que ela não estava sozinha e que deveria ter fé na justiça.
Este mês, Francisco também ligou para a mãe e o irmão de um gerente de posto de gasolina italiano morto a tiros em junho e para um estudante de 19 anos que lhe deixou uma carta durante uma missa.
(Reportagem de Catherine Hornby)