Guerra armada pelo vereador João Emanuel do PSD causa indefinição na presidência da Câmara de vereadores


 
A guerra travada entre vereadores da Câmara de Cuiabá culminou com a indefinição quanto a presidência da Casa. Enquanto parlamentares da base do prefeito Mauro mendes (PSB) alegam que João Emanuel (PSD) está afastado temporariamente de seu cargo, o social democrata diz que continua seus trabalhos como presidente. 
 
“A forma como o João Emanuel vem presidindo os trabalhos fere o regimento interno desta Casa, não nos restou alternativa que não fosse este pedido de afastamento”, declarou o vereador Chico 2000 (PR), que na tarde desta quinta (29), falou em nome dos 16 parlamentares que aprovaram o afastamento de João Emanuel. 
 
O afastamento ocorreu em sessão ordinária da Casa – com plenário sem luz, sem áudio e sem registro oficial em ata - no final da manhã desta quinta (29), com a presença de vereadores da base do prefeito.
 
Chico 2000 criticou a manobra de João Emanuel que colocou em votação no plenário seu pedido de cassação, em detrimento do pedido de afastamento que havia sido proposto pelo líder do prefeito na Câmara, vereador Leonardo Oliveira (PDT). 
 
“Não sei de onde ele tirou esse pedido de cassação. Isso mostra que ele está despreparado e acabou criando uma enorme confusão colocando em votação de última hora um requerimento que nunca existiu. Ele novamente desrespeitou o regimento desta Casa”, alegou Chico 2000.
 
Embora o Câmara diga o contrário, Chico 2000 assegurou que a sessão que culminou no pedido de afastamento temporário de João Emanuel é válida e, enquanto é instaurada uma Comissão Processante para avaliar a conduta do social-democrata, quem deverá assumir a presidência da Casa é o 1º vice-presidente Onofre Júnior (PSB). 
 
Os vereadores da base do prefeito ainda descartaram a possibilidade de o pedido de afastamento ter sido articulado pelo prefeito Mauro Mendes, em consequência dos embates travados entre o Legislativo e a Prefeitura, bem como em decorrência da abertura da CPI dos Maquinários, que investiga supostas irregularidades em contratos do Executivo Municipal. 
 
“Isto não é um ato da base governista, mas sim uma decisão de 16 vereadores que estão sofrendo com esta situação em que constantemente, o presidente desta Casa passa por cima do regimento”, justificou Leonardo Oliveira. 
 
Assinaram o pedido de destituição temporária do presidente João Emanuel, os vereadores: Leonardo Oliveira (PDT), Adevair Cabral (PDT), Adilson Levante (PSB), Chico 2000 (PR), Derlei Primo (PTdoB), Dilemário Alencar (PTB), Domingos Sávio (PMDB), Faissal (PSB), Haroldo Kuzai (PMDB), Júlio Pinheiro (PTB), Lueci Ramos (PSDB), Luis Henrique (PRTB), Mário Nadaf (PV), Orivaldo da Farmácia (PRP), Renivaldo Nascimento (PDT) e Wilson Kero Kero (PRP). 
 
Comissão 
 
“A Comissão vai intimar o presidente sobre o resultado da sessão, bem como o vereador Onofre para informa-lo que ele deve assumir os trabalhos”, explicou o vereador Júlio Pinheiro (PTB). 
 
Pinheiro alegou ainda, que a comissão processante será presidida por ele e se reúne a partir desta sexta (30) para definir o andamento dos trabalhos que irá apurara a conduta de João Emanuel a frente do Legislativo. 
 
Também fazem parte da Comissão, o vereador Mario Nadaf (PV) como relator, e Wilson Kero Kero (PRP) como membro titular.